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ATRIZ
Hunt desafia inglesas
AMIR LABAKI
de Nova York
Uma plebéia americana
promete desbancar quatro
damas inglesas na corrida
pelo Oscar de melhor atriz.
Aos 34 anos, Helen Hunt
encontrou na garçonete
pé-no-chão de "Melhor É
Impossível" o cartão de entrada para o clube das grandes atrizes do cinema.
Hunt deve seu estrelato à
telessérie "Louco por Você" ("Mad About You",
Sony/Canal 21).
Antes de "Melhor É Impossível", ela chamara
atenção como a esposa
adúltera do independente
"The Waterdance" (1992) e
como a cientista durona do
megahit "Twister". Nada se
compara, contudo, à composição seca, rica e carismática da Carol Connelly
do novo filme.
Hunt faz parecer fácil a
um personagem combinar
força e fragilidade, amargor
e otimismo. Bastaria o solo
em que ela pranteia a própria solidão para a mãe solidária para inscrever sua
atuação como um dos
triunfos da década.
As quatros concorrentes
britânicas deveriam satisfazer-se já com a indicação. A
mais forte é "Dame' (o equivalente feminino a "Sir') Judi Dench como a rainha Vitória de "Sua Majestade,
Mrs.Brown", que estréia
amanhã no Brasil. Aos 63
anos, 40 dos quais dedicados aos palcos ingleses,
Dench ganha o papel cinematográfico de sua carreira, depois de popularizar
sua imagem como a mandona M da nova série James
Bond.
Kate Winslet reafirma em
"Titanic" o potencial exibido em "Razão e Sensibilidade", mas terá outras chances. Helena Bonham Carter
foi além da eficiência habitual em "Asas do Amor",
ainda que um Oscar seja
um exagero. Por fim, nossa
deusa dos anos 60, Julie
Christie, volta encantadoramente madura em "Afterglow", de Alan Rudolph.
O grito final, de fêmea ferida, valeu-lhe a indicação. Já
está de bom tamanho.
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