Até 2002, quase todas as maiores bilheterias dos EUA já terão ganhado continuações; saiba o que estará esperando por você

LEANDRO FORTINO
da Redação

"The Rage - Carrie 2", "Babe - O Porquinho Atrapalhado na Cidade" e "Star Wars - Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" já começam a preparar o público para a série de continuações que ocuparão os cinemas neste fim-de-século/começo do próximo. Ao final de três anos, praticamente todas as maiores arrecadações de bilheteria nas salas de exibição dos EUA já terão tido uma sequência oportunista.
Quando, nas primeiras décadas deste século, eram rodadas as primeiras séries de "Tarzan dos Macacos", não se imaginava que o cinema popular americano ainda fosse, 80 anos depois, apostar tanto em continuações de blockbusters para encher as salas de cinema.
A grande maioria dos filmes que figuram na lista das 25 maiores bilheterias dos EUA já tem ou terá uma sequência logo, logo.
Descontam-se dessa lista as continuações bem-sucedidas (como "O Retorno de Jedi") e filmes como "Titanic" (a não ser que fantasmas resolvam assombrar o navio afundado ou os produtores tenham a "brilhante" idéia de mostrar a vida dos sobreviventes após a tragédia; sim, isso tudo é possível).
Claro que os lucros que podem ser conseguidos com o volume dois (ou três, ou quatro...) de um blockbuster são um prato cheio para o estômago ambicioso da indústria cinematográfica hollywoodiana e, de certo modo, conseguem convencer a audiência.
Especialistas em bilheteria nos EUA estimam faturamentos superiores a US$ 400 milhões para as continuações de superproduções.
São os casos de "Forrest Gump 2" (US$ 515 mi), "Independence Day 2" (US$ 560 mi), "Indiana Jones 4" (US$ 500 mi), "O Parque dos Dinossauros 3" (US$ 645 mi) e "O Exterminador do Futuro 3" (US$ 415 mi). No caso de "E.T. 2", previsto para ser lançado em 2002, quando se comemora os 20 anos da primeira visita do alienígena, calcula-se uma arrecadação de cerca de US$ 1 bilhão nas salas de cinema do planeta.
O roteiro será de Melissa Mathison (a mesma do primeiro), mas a direção não deve ficar nas mãos de Steven Spielberg. Não se sabe ainda quem ocupará o seu lugar.
Outra boa estratégia é apostar enquanto é sucesso. Filmes de terror já sacaram isso. O melhor exemplo é "Pânico" ("Scream"). Quando a terceira continuação estrear em dezembro, serão três filmes produzidos em quatro anos.
Haverá ainda este ano outro produto dissidente de "Pânico", a comédia "Scream If You Know What I Did Last Halloween", uma mistura de "Pânico" com "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado" e "Halloween".
Ainda nas sequências do gênero "terrir", haverá para este ano um encontro de monstros em "Freddy vs. Jason", união dos vilões de "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13" pela primeira vez na mesma tela de cinema.
Outros filmes que integram os planos de sequência seriam "Uma Linda Mulher", "Rain Man" e o "Robin Hood" de Kevin Costner.
Entre as produções que estão prestes a estrear nos cinema dos EUA encontram-se a comédia "Austin Powers: The Spy Who Shagged Me", com Mike Myers, e "Um Drinque no Inferno 2", sem Tarantino nem George Clooney.


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