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MINIFESTIVAL
Evento de três dias mostra o desenvolvimento do gênero no Brasil
Eletrônica "passeia" no Sesc
DA REDAÇÃO
Juntando DJs, produtores nacionais e artistas dos mais diversos gêneros que passeiam pela
eletrônica, o minifestival Tribos
Eletrônicas volta ao Sesc na sua
segunda edição -desta vez em
parceria com a gravadora Trama- para dar uma geral do que
vem acontecendo na música eletrônica brasileira.
São 17 nomes -DJs, produtores, bandas, cantores e instrumentistas- que dividem o palco
do Sesc Vila Mariana nos três dias
de evento, que começa hoje (leia
programação no quadro abaixo).
O cantor pernambucano Otto
-que juntou elementos da música regional e do mangue beat às
batidas do drum'n'bass- será o
mestre de cerimônia do evento e
promete participar dos três dias.
DJs e produtores
Entre os que entraram de cabeça e fizeram suas carreiras musicais com base total na eletrônica
estão os DJs Camilo Rocha, Anderson Soares, Rica Amaral,
Marky Mark, Marquinhos Mesquita, Lika, Koloral, Andy e Patife.
Além dos produtores Xerxes de
Oliveira (aqui como XRSLand),
Ramilson Maia (Ram Science) e
Lourenço Brasil (Loop B).
"O Tribos Eletrônicas é uma
grande oportunidade para mais
pessoas conheceram o estilo", diz
Ramilson Maia. "Dá uma força
para quem está por vir", diz o produtor, que faz uma mistura de
tecno e drum'n'bass com elementos da música brasileira, como berimbau, cuíca e percussão.
Para Camilo Rocha, o festival é
uma vitrine para mostrar o desenvolvimento da eletrônica nacional. "A cada ano aparece mais
gente e mais estilos, e a qualidade,
no geral, está melhor, alcançando
níveis internacionais", diz o DJ,
que traz no seu set acid, tecno,
progressive house e tecno trance.
Passeio
Para mostrar os caminhos obscuros que as batidas eletrônicas
têm percorrido na música brasileira, participam do Tribos Eletrônicas músicos de bossa nova,
funk, rock e samba, percussão e
pop. Flu, Ratão, Max de Castro,
Olívia e Marcos Suzano são os responsáveis pela migração.
Flu, ex-baixista do DeFalla, vai
mostrar, com o acompanhamento de uma banda, um pouco de
"bossa nova eletrônica" e versões
mais acústicas de músicas de seu
disco "e a alegria continua", que
traz timbres de sons de músicos
como Tim Maia e Jorge Ben Jor.
O cantor, compositor, produtor
e arranjador Max de Castro também vai se apresentar com sua
banda e com um DJ. "Vamos fazer um som tentando reproduzir
ao vivo o que foi feito com as máquinas no disco ("Samba Raro')."
Já Ratão, após três discos lançados com a banda Justa Causa, partiu para a carreira solo e colocou
no rock elementos da eletrônica.
(BRUNA MONTEIRO DE BARROS)
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