São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Privatização da cultura" dificulta sistema da arte

DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem de manhã, ainda surpreso com a demissão, Ivo Mesquita conversou com a Folha. Leia a seguir os principais trechos. (FCY)

Folha - O que foi alegado para sua demissão?
Ivo Mesquita -
Milú Villela disse que o trabalho não correspondia às expectativas. Com relação a isso, devo dizer que estava cumprindo um programa do diretor anterior e preparava a programação de 2003 e 2004.

Folha - Houve pressão?
Mesquita -
É preciso entender que o tempo dos museus é diferente dos centros culturais e galerias. O museu precisa de mais tempo para mudar e se consolidar. O MAM não pode mudar a sua programação cada vez que a Faap, o Masp ou a BrasilConnects abrem uma mostra de milhões de dólares.

Folha - O comando dos museus no Brasil é personalista?
Mesquita -
O que está em questão é o entendimento do que seja a privatização da arte e da cultura. Enquanto dependermos de indivíduos mais ou menos dedicados ao assunto, fica difícil estabelecer padrões profissionais. Se os empresários não participarem de forma coletiva na gerência desses processos de captação e viabilização das instituições culturais, é difícil implementar um sistema organizado como economia.



Texto Anterior: Artes Plásticas: "Museus estão se apequenando", diz crítica
Próximo Texto: Erudito/Crítica: Festas da Sinfônica Municipal, com a torcida inteira a favor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.