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"Privatização da cultura" dificulta sistema da arte
DA REPORTAGEM LOCAL
Ontem de manhã, ainda
surpreso com a demissão,
Ivo Mesquita conversou
com a Folha. Leia a seguir os
principais trechos.
(FCY)
Folha - O que foi alegado
para sua demissão?
Ivo Mesquita - Milú Villela
disse que o trabalho não correspondia às expectativas.
Com relação a isso, devo dizer que estava cumprindo
um programa do diretor anterior e preparava a programação de 2003 e 2004.
Folha - Houve pressão?
Mesquita - É preciso entender que o tempo dos museus
é diferente dos centros culturais e galerias. O museu
precisa de mais tempo para
mudar e se consolidar. O
MAM não pode mudar a sua
programação cada vez que a
Faap, o Masp ou a BrasilConnects abrem uma mostra de milhões de dólares.
Folha - O comando dos museus no Brasil é personalista?
Mesquita - O que está em
questão é o entendimento
do que seja a privatização da
arte e da cultura. Enquanto
dependermos de indivíduos
mais ou menos dedicados ao
assunto, fica difícil estabelecer padrões profissionais. Se
os empresários não participarem de forma coletiva na
gerência desses processos de
captação e viabilização das
instituições culturais, é difícil implementar um sistema
organizado como economia.
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