São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010
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PAINEL DAS LETRAS MARCOS FLAMÍNIO PERES - marcos.flaminio@grupofolha.com.br Copa faz venda disparar
Uma das principais redes de livraria do país, a Cultura
apurou, a pedido da coluna, que quadruplicou a
venda de livros sobre futebol nos últimos 30 dias -incluindo
tanto lojas quanto web. "O Mundo das Copas"
(Lua de Papel), de Lycio Vellozo Ribas, lidera, seguido
por "História das Camisas de Todos os Jogos da
Copa" (Panda), de Paulo Gini. // ANTONIO CANDIDO REEDITADO Marco da sociologia brasileira, "Os Parceiros do Rio Bonito", de Antonio Candido, ganha edição esmerada na primeira quinzena de julho. Publicada pela Ouro sobre Azul, a obra -concluída em 1954 como tese de doutoramento apresentada à USP- irá trazer 73 imagens, entre fotografias, mapas e manuscritos do autor. Baseado em amplo trabalho de campo, o livro apanha o declínio do modo de vida baseado na pequena propriedade no interior de São Paulo -a "sociedade caipira"-, devido à expansão capitalista. Mais importante crítico literário do país, Candido lecionou sociologia no início da vida acadêmica. STEINBECK À VENDA NA 4ª Prova não corrigida de "Vinhas da Ira", cópia datilografada do discurso de recebimento do Nobel (1962) e obras inéditas podem atingir a cifra de US$ 250 mil em leilão em Nova York // O CORTÁZAR ESQUECIDO Chegam às livrarias, no próximo sábado, "Papéis Inesperados" (Civilização Brasileira, trad. Ari Roitman e Paulina Wacht, 490 págs., R$ 62,90), com textos inéditos e dispersos do argentino (1914-84) só divulgados em espanhol no ano passado. Organizado por Carlos Álvares Garriga e Aurora Bernárdez "viúva do escritor", o volume traz histórias até então desconhecidas de cronópios e de famas, comentários sobre o romance "O Jogo da Amarelinha" (1963) -sua obra prima- e sobre as "Cenas Infantis", do músico Robert Schumann. Há também vários contos, 13 poemas e uma série de "entrevistas diante do espelho". O jargão de Ishiguro Em debate como crítico John Mullan, no Reino Unido, Kazuo Ishiguro foi acusado de banalizar seu estilo por lançar mão do jargão futebolístico em "Noturnos" (Cia. das Letras). Mas rebateu: pode ser "muito profundo" e "refletir a condição humana". O LSD mudou Crumb Em entrevista à "Paris Review", o cartunista lembra como conheceu a droga em uma reunião de "proto-hippies" em Cleveland, em 1965: "Passei a olhar para as coisas como nunca fizera antes. E isso mudou a orientação de todo o meu trabalho". Texto Anterior: Livros: Crítica/Romance: Pouco inspirada, Patrícia Melo repete história banal Próximo Texto: Livros: Ficção Índice |
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