São Paulo, sexta, 19 de junho de 1998

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Para promoter, clube "é passado'

de Nova York

A música disco nunca deixou de tocar em Nova York. Só que, agora, não está mais associada a sexo e drogas "livres" e é exatamente por isso que nunca mais vai existir um lugar como o Studio 54.
Essa posição é defendida por Carmen D'Alessio, a peruana que inventou a figura do promoter, conseguiu lotar o Studio 54 todas as noites e recheá-lo de celebridades que vão de Andy Warhol a Sylvester Stallone.

Folha - O que você está achando desse revival da música disco?
Carmen D'Alessio -
Não existe um revival disco. Disco sempre esteve na moda, nunca deixou de tocar. Ainda hoje toca nos principais clubes da cidade. Eu continuo trabalhando nesse ambiente de discoteca e hoje promovo a Life, o melhor clube noturno de Nova York atualmente, que tem um momento disco todas as noites.
Folha - Você acha que o Studio 54 pode reabrir e voltar a ter a mesma importância que já teve?
Carmen -
Não existe nenhuma possibilidade de o Studio 54 voltar. Ian Schrager mudou de ramo e hoje tem o maior número de quartos de hotel de Nova York. Steve Rubell morreu de Aids. Aquela época já virou passado. Hoje, o Studio 54 nunca poderia existir como era. Não há mais drogas e sexo livres dentro de um clube noturno.
Folha - Você sente saudades?
Carmen -
Não, porque sou uma pessoa contemporânea. O Studio 54 foi o melhor clube do mundo e fui eu quem o criou. Sinto-me muito feliz por isso, mas já passou.



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