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Para promoter, clube "é passado'
de Nova York
A música disco nunca deixou de
tocar em Nova York. Só que, agora, não está mais associada a sexo e
drogas "livres" e é exatamente
por isso que nunca mais vai existir
um lugar como o Studio 54.
Essa posição é defendida por
Carmen D'Alessio, a peruana que
inventou a figura do promoter,
conseguiu lotar o Studio 54 todas
as noites e recheá-lo de celebridades que vão de Andy Warhol a
Sylvester Stallone.
Folha - O que você está achando
desse revival da música disco?
Carmen D'Alessio - Não existe
um revival disco. Disco sempre esteve na moda, nunca deixou de tocar. Ainda hoje toca nos principais
clubes da cidade. Eu continuo trabalhando nesse ambiente de discoteca e hoje promovo a Life, o melhor clube noturno de Nova York
atualmente, que tem um momento disco todas as noites.
Folha - Você acha que o Studio
54 pode reabrir e voltar a ter a
mesma importância que já teve?
Carmen - Não existe nenhuma
possibilidade de o Studio 54 voltar.
Ian Schrager mudou de ramo e hoje tem o maior número de quartos
de hotel de Nova York. Steve Rubell morreu de Aids. Aquela época
já virou passado. Hoje, o Studio 54
nunca poderia existir como era.
Não há mais drogas e sexo livres
dentro de um clube noturno.
Folha - Você sente saudades?
Carmen - Não, porque sou uma
pessoa contemporânea. O Studio
54 foi o melhor clube do mundo e
fui eu quem o criou. Sinto-me
muito feliz por isso, mas já passou.
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