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Leia crítica de "Cabaret"
da Sucursal de Brasília
Aqui está um exemplo de nota
curta de Kael para a seção "Goings
On About Town", da revista "The
New Yorker", publicada em 1972,
sobre o filme "Cabaret". Como as
demais notas dessa seção à época,
esta apareceu sem o nome da autora. Uma crítica longa, ensaística,
sobre o filme foi publicada pela revista em sua edição de 19 de fevereiro de 1972.
A nota que se segue apareceu durante muitos meses ao longo daquele ano na revista. Foi reproduzida no livro "5001 Nights at the
Movies" (Londres, Arena Books,
1982), uma coletânea das pequenas
resenhas de Pauline Kael para a revista "The New Yorker". "Um
grande musical. Tomando sua forma de um cabaré político, é uma
sátira de tentações. Num prodigioso ato de equilíbrio, Bob Fosse, o
diretor-coreógrafo, mantém o período -Berlim, 1931- a uma distância contida. Nós vemos a decadência vulgar espalhafatosa; mas
também vemos a energia animal
que havia nela -tudo parecia ter
se sexualizado. O filme não se
aproveita da decadência; antes, ele
dá a ela o que lhe é devido. Com
Joel Grey como nosso anfitrião
diabo-boneca -o mestre de cerimônias- e Liza Minelli (em seu
primeiro papel de cantora no cinema) como a exuberante, corrompível Sally Bowles, caçando sucesso na vida seja qual for o preço. Minelli tem tanta jovialidade e eletricidade que ela se transforma numa
estrela bem diante de seus olhos."
"Cabaret" foi indicado para o
Oscar de melhor filme e de melhor
roteiro; Bob Fosse ganhou Oscar
de melhor diretor, Liza Minelli o
de melhor atriz, Geoffrey Unsworth o de melhor cinematografia.
O filme ainda ganhou os prêmios
de melhor edição, melhor som e
melhor direção de arte/decoração
de 1972.
(CELS)
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