São Paulo, Sábado, 19 de Junho de 1999
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Leia crítica de "Cabaret"

da Sucursal de Brasília


Aqui está um exemplo de nota curta de Kael para a seção "Goings On About Town", da revista "The New Yorker", publicada em 1972, sobre o filme "Cabaret". Como as demais notas dessa seção à época, esta apareceu sem o nome da autora. Uma crítica longa, ensaística, sobre o filme foi publicada pela revista em sua edição de 19 de fevereiro de 1972.
A nota que se segue apareceu durante muitos meses ao longo daquele ano na revista. Foi reproduzida no livro "5001 Nights at the Movies" (Londres, Arena Books, 1982), uma coletânea das pequenas resenhas de Pauline Kael para a revista "The New Yorker". "Um grande musical. Tomando sua forma de um cabaré político, é uma sátira de tentações. Num prodigioso ato de equilíbrio, Bob Fosse, o diretor-coreógrafo, mantém o período -Berlim, 1931- a uma distância contida. Nós vemos a decadência vulgar espalhafatosa; mas também vemos a energia animal que havia nela -tudo parecia ter se sexualizado. O filme não se aproveita da decadência; antes, ele dá a ela o que lhe é devido. Com Joel Grey como nosso anfitrião diabo-boneca -o mestre de cerimônias- e Liza Minelli (em seu primeiro papel de cantora no cinema) como a exuberante, corrompível Sally Bowles, caçando sucesso na vida seja qual for o preço. Minelli tem tanta jovialidade e eletricidade que ela se transforma numa estrela bem diante de seus olhos."
"Cabaret" foi indicado para o Oscar de melhor filme e de melhor roteiro; Bob Fosse ganhou Oscar de melhor diretor, Liza Minelli o de melhor atriz, Geoffrey Unsworth o de melhor cinematografia. O filme ainda ganhou os prêmios de melhor edição, melhor som e melhor direção de arte/decoração de 1972. (CELS)


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