DA REPORTAGEM LOCAL

A polêmica em torno da numeração de livros e CDs se intensificou após a rápida aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto da deputada Tânia Soares, que pedia inserção, na lei do direito autoral, de um artigo determinando a numeração e a assinatura do autor em todas as cópias de sua obra.
Lobão e Beth Carvalho encamparam a luta pela aprovação do projeto, arrecadando entre os artistas mais de 400 assinaturas de apoio.
Alguns artistas (entre eles Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Ivan Lins e Marina Lima) mudaram de opinião e retiraram apoio por haverem detectado, após assinarem a lista, erros e imperfeições no projeto.
Tal posição coincidia com a da Associação Brasileira dos Produtores de Discos, que, segundo a Folha apurou, pressionou artistas sob seu comando a se declararem contrários ao projeto. A lista da ABPD acumulou cerca de 30 nomes, a maioria de grandes vendedores de discos (como Xuxa, Alexandre Pires, Sandy etc.).
Caetano publicou texto na Folha justificando sua mudança de posição. Gil disse que apoiava a numeração, mas não o projeto, afirmando que enviara carta a Fernando Henrique Cardoso pedindo que a questão fosse reexaminada (o que implicava no veto). A solução de FHC ficou mais próxima do pedido de Gil.



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