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G deixa sem
sexo seu
leilão escravo
da Redação
A G abriu anteontem à tarde o
MorumbiFashion Brasil, no parque Ibirapuera (zona sudoeste de
São Paulo).
Ao som de temas turcos e com
forte conotação étnica, a estilista
Glória Coelho desfilou para a marca G suas meninas que remetem a
uma inspiração histórica bem definida.
Mulheres da Macedônia, árabes,
rainhas e irmãs de faraós criaram
bonitas imagens de passarela, envolvidas em especiais braceletes e
tiaras.
Mas estas mesmas inspirações
históricas continuam pesando no
desenvolvimento da moda de Glória Coelho. Os conceitos -bem
amarrados e justificados- não se
desdobraram tão suavemente, em
termos de edição de desfile e de coleção.
Estilista experiente, Glória Coelho consegue produzir peças comerciais e itens que já nascem hits.
Como as calças estreitas em devorê
do início e qualquer coisa com a
delicada e poética estampa de asas
de anjo, em silk.
Os vestidos lidam bem com a assimetria, com saias curtas e um
pouco acima do joelho.
Grandes momentos destes vestidos: o tipo camisola, vermelho, de
alças finas em Renata Maciel; o
look com a saia em musseline bege
(pele), quase transparente, com
bordado de asas; e as peças com estampa originária da roupa dos escravos -o quadriculado- em
prata sobre o bege.
Se o casting adolescente de G
funciona para a marca, em termos
de imagem, do outro lado são meninas ainda com pouca personalidade na passarela, um pouco duras. Assim, a idéia -bem erótica- de remeter a um leilão de escravas, oferecendo-se à venda ficou devendo no quesito sexo.
A estrutura do desfile também
pouco, com o final da passarela em
forma de T, onde as modelos se revezavam nas diferentes pontas do
espaço. Deixou longe a alusão à
arena em que as mulheres eram expostas.
(EP)
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