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Malabarismos nas coreografias
recebem críticas em Joinville
MARCELO NEGROMONTE
enviado especial a Joinville (SC)
Depois de três dias de competição (encerrada na última quarta-feira), o balé clássico recebeu
críticas em virtude das coreografias, no 15º Festival de Dança de
Joinville, que termina no próximo
dia 23, quarta-feira.
"O grande problema das apresentações deste ano são as coreografias, que não estão à altura dos
bailarinos concorrentes", disse Ismael Guiser, jurado do festival e
dono de uma escola de dança com
seu nome em São Paulo.
Segundo o júri, algumas coreografias buscavam movimentos em
que predominavam malabarismos
(piruetas e sustentações), aplaudidos pela platéia, em detrimento da
expressão artística.
"Em primeiríssimo lugar, isso é
um problema das escolas de dança, onde o professor faz a coreografia. Professor não é coreógrafo", afirmou Guiser.
Revelação
Apesar dessas críticas, os jurados
concordam que nos últimos tempos estão surgindo cada vez mais
valores individuais na dança.
"A realização de muitos festivais, como vem acontecendo, tem
colaborado para essa evolução da
dança", disse Guiser.
Um desse valores individuais
que encantou o júri é Thiago Bordin, de 14 anos, forte candidato ao
prêmio de revelação do festival,
que será conhecido no último dia.
Thiago ganhou na categoria Pas
de Deux Duo Clássico Júnior e ficou com a segunda colocação na
Variação Júnior 2.
"Nunca passou pela minha cabeça ser cogitado pra o prêmio revelação", disse Thiago, que concorreu com o número "Playground", do Ballet Kátia Rocha de
São Paulo. Neste ano, o bailarino
revelação embolsará R$ 2 mil.
O jornalista Marcelo Negromonte viajou a
convite da organização do festival.
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