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Clichês tornam longa cômico
especial para a Folha, de Londres
Ninguém pode se propor a assistir a "Preaching to the Perverted"
esperando algo sério ou inteligente
sobre o circuito sadomasoquista.
O filme só pode ser encarado como uma comédia que documenta
um mundo bem fechado. E seu valor está exatamente nisso, em retratar fielmente comportamentos
que só chegam aos "normais" de
forma estereotipada.
A história é simples: um deputado conservador (Tom Bell) acha
que é hora de dar um basta nos
clubes SM. Ele quer angariar a
simpatia dos conservadores em
geral. Para isso, contrata Peter
(Christien Anholt) para se infiltrar
no clube House of Thwax.
Claro que o rapaz vai mudar sua
visão de mundo ao conhecer a cena e a "princesa" do clube, Tanya
Cheex (Guinevere Turner), ao redor de quem os escravos e dominadores vivem. E nem o deputado
é tão correto assim, como já se prevê desde o início.
As imagens extremamente coloridas, sempre pontuadas por boa
música tecno, criam um ambiente
absolutamente "fake". O uso do
cor-de-rosa até em lugares onde
não caberia ajuda na construção
de um mundo de fantasias. Algumas cenas de sexo são chocantes,
com uso de piercings e brincadeiras pouco divertidas.
Enfim, há uma dose de masoquismo em passar quase cem minutos assistindo a "Preaching...".
Mas o mundo, como mostra o filme de Stuart Urban, não é só feito
por pessoas como Chris O'Donnel
ou Steven Spielberg.
(DB)
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