São Paulo, sexta, 19 de setembro de 1997.



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Balanchine criou estética

em Nova York

Considerado o patriarca do balé na América, Balanchine deixou a Rússia, seu país natal, em 1924, para integrar os Ballets Russes, de Serge Diaghilev, em Paris.
Após a dissolução dos Ballets Russes, aceitou o convite do escritor, poeta e mecenas norte-americano Lincoln Kirstein para fundar a Escola Americana de Ballet nos Estados Unidos, que não possuía tradição em balé clássico.
De início sem um grupo fixo, Balanchine fez coreografias para filmes de Hollywood e musicais da Broadway (entre outros, "On Your Toes", de 1936).
Em 1946, quando ele e Kirstein fundaram o Ballet Society, surgiu o embrião da companhia que, mais tarde, se chamaria New York City Ballet e que hoje está esplendidamente instalada em um dos prédios do Lincoln Center.
"Por que escolhi Balanchine? Porque adoro dança, e ninguém compõe dança como ele. Balanchine me fez compreender que o balé é essencialmente dança em associação com a música, e não com as artes plásticas ou a pantomima", afirmou Kirstein certa vez.
Filho de um compositor, Balanchine aprendeu piano na infância. "Antes de iniciar uma coreografia, tenho que ler a partitura no piano", dizia.
Ao criar uma estética balanchiniana, o coreógrafo colocou a dança acima de tudo. Num palco sem cenários, com bailarinos em geral vestindo malhas colantes, as obras de Balanchine se constroem sobre filigranas. Como um artesão, exige que os bailarinos dêem formas aos movimentos com precisão e perfeição únicas. (AFP)



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