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Balanchine criou estética
em Nova York
Considerado o patriarca
do balé na América, Balanchine deixou a Rússia, seu
país natal, em 1924, para integrar os Ballets Russes, de
Serge Diaghilev, em Paris.
Após a dissolução dos Ballets Russes, aceitou o convite do escritor, poeta e mecenas norte-americano Lincoln Kirstein para fundar a
Escola Americana de Ballet
nos Estados Unidos, que
não possuía tradição em
balé clássico.
De início sem um grupo
fixo, Balanchine fez coreografias para filmes de
Hollywood e musicais da
Broadway (entre outros,
"On Your Toes", de 1936).
Em 1946, quando ele e
Kirstein fundaram o Ballet
Society, surgiu o embrião
da companhia que, mais
tarde, se chamaria New
York City Ballet e que hoje
está esplendidamente instalada em um dos prédios do
Lincoln Center.
"Por que escolhi Balanchine? Porque adoro dança,
e ninguém compõe dança
como ele. Balanchine me
fez compreender que o balé
é essencialmente dança em
associação com a música, e
não com as artes plásticas
ou a pantomima", afirmou
Kirstein certa vez.
Filho de um compositor,
Balanchine aprendeu piano
na infância. "Antes de iniciar uma coreografia, tenho
que ler a partitura no piano", dizia.
Ao criar uma estética balanchiniana, o coreógrafo
colocou a dança acima de
tudo. Num palco sem cenários, com bailarinos em geral vestindo malhas colantes, as obras de Balanchine
se constroem sobre filigranas. Como um artesão, exige que os bailarinos dêem
formas aos movimentos
com precisão e perfeição
únicas.
(AFP)
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