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Estrela não tem tipo físico ideal
especial para a Folha, em Nova York
Costuma-se afirmar que um bailarino, para interpretar as obras de
Balanchine, deve corresponder a
um tipo físico específico.
Ou seja, alto, sem musculatura
concentrada, além de pernas e
braços longos. Para completar, os
balés de Balanchine têm fama de
privilegiar as mulheres. Contrariando tais regras, o bailarino Jock
Soto se tornou um dos destaques
do New York City Ballet.
Com seu tipo exótico, Soto possui estatura mediana, tem pernas
curtas e um corpo com músculos
bem delineados. No entanto, já foi
apontado como um fenômeno
pós-Balanchine.
"Não foi difícil me adaptar. Na
School of American Dance, onde
se treina a técnica de Balanchine,
logo aprendi a mover minhas pernas muito rápido", diz.
Quando entrou no elenco do
New York City Ballet em 1981, Soto
ainda teve tempo de conviver com
Balanchine.
"Dancem apenas, nos dizia Balanchine. Ele não nos pedia para
interpretar. Primeiro fazia com
que nos concentrássemos na improvisação técnica. A partir daí,
segundo ele, outros passos aflorariam naturalmente, assim como as
emoções", recorda.
Nascido em 1965 no Novo México, Soto cresceu no Estado do Arizona (EUA). Sua mãe era índia navajo, e seu pai, um porto-riquenho.
Hoje, além da dança, Soto se dedica à culinária. Um livro com suas
receitas será lançado em outubro.
(AFP)
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