São Paulo, sexta, 19 de setembro de 1997.



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Estrela não tem tipo físico ideal

especial para a Folha, em Nova York

Costuma-se afirmar que um bailarino, para interpretar as obras de Balanchine, deve corresponder a um tipo físico específico.
Ou seja, alto, sem musculatura concentrada, além de pernas e braços longos. Para completar, os balés de Balanchine têm fama de privilegiar as mulheres. Contrariando tais regras, o bailarino Jock Soto se tornou um dos destaques do New York City Ballet.
Com seu tipo exótico, Soto possui estatura mediana, tem pernas curtas e um corpo com músculos bem delineados. No entanto, já foi apontado como um fenômeno pós-Balanchine.
"Não foi difícil me adaptar. Na School of American Dance, onde se treina a técnica de Balanchine, logo aprendi a mover minhas pernas muito rápido", diz.
Quando entrou no elenco do New York City Ballet em 1981, Soto ainda teve tempo de conviver com Balanchine.
"Dancem apenas, nos dizia Balanchine. Ele não nos pedia para interpretar. Primeiro fazia com que nos concentrássemos na improvisação técnica. A partir daí, segundo ele, outros passos aflorariam naturalmente, assim como as emoções", recorda.
Nascido em 1965 no Novo México, Soto cresceu no Estado do Arizona (EUA). Sua mãe era índia navajo, e seu pai, um porto-riquenho.
Hoje, além da dança, Soto se dedica à culinária. Um livro com suas receitas será lançado em outubro. (AFP)



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