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Análise
"Besouro" fecha ótimo ano para o cinema nacional
ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL
O cinema brasileiro atravessou os anos 2000 com uma produção que, apesar de volumosa,
esteve quase sempre fadada à
invisibilidade. Em 2008, para
se ter uma ideia, apenas "Meu
Nome Não É Johnny" ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores. Dos mais de 70 títulos lançados no ano passado,
58 venderam menos de 100 mil
ingressos.
Mas, se 2008 terminou cabisbaixo, 2009 começou com os
ventos numéricos soprando a
favor do cinema. Ao estouro de
"Se Eu Você Fosse 2", recordista de público da era da retomada, se seguiriam outros filmes
comercialmente bem-sucedidos, como "Divã", "A Mulher
Invisível" e "Os Normais 2 - A
Noite Mais Maluca de Todas".
Ao fim do primeiro semestre,
os títulos brasileiros tinham levado 10,3 milhões de pessoas às
salas, 200% a mais do que no
mesmo período de 2008. O próximo tiro virá de "Besouro",
que, em comum com os demais
sucessos, tem um estúdio de
Hollywood como coprodutor e
o apoio da Globo Filmes.
Teria o Brasil aprendido a
produzir blockbusters em série? Antes da resposta, convém
lembrar que, em 2003, o cinema nacional celebrou a ocupação de 22% do mercado para,
em seguida, encolher. Ou seja,
só o tempo dirá se 2009 marca
o início de um novo ciclo ou se
receberá, como 2003, a chancela de "ano excepcional".
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