São Paulo, segunda-feira, 19 de outubro de 2009

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Análise

"Besouro" fecha ótimo ano para o cinema nacional

ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL

O cinema brasileiro atravessou os anos 2000 com uma produção que, apesar de volumosa, esteve quase sempre fadada à invisibilidade. Em 2008, para se ter uma ideia, apenas "Meu Nome Não É Johnny" ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores. Dos mais de 70 títulos lançados no ano passado, 58 venderam menos de 100 mil ingressos.
Mas, se 2008 terminou cabisbaixo, 2009 começou com os ventos numéricos soprando a favor do cinema. Ao estouro de "Se Eu Você Fosse 2", recordista de público da era da retomada, se seguiriam outros filmes comercialmente bem-sucedidos, como "Divã", "A Mulher Invisível" e "Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas".
Ao fim do primeiro semestre, os títulos brasileiros tinham levado 10,3 milhões de pessoas às salas, 200% a mais do que no mesmo período de 2008. O próximo tiro virá de "Besouro", que, em comum com os demais sucessos, tem um estúdio de Hollywood como coprodutor e o apoio da Globo Filmes.
Teria o Brasil aprendido a produzir blockbusters em série? Antes da resposta, convém lembrar que, em 2003, o cinema nacional celebrou a ocupação de 22% do mercado para, em seguida, encolher. Ou seja, só o tempo dirá se 2009 marca o início de um novo ciclo ou se receberá, como 2003, a chancela de "ano excepcional".


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