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VINHO
Bebida "estraga" após fevereiro de 99
Beaujolais Nouveau chega ao mercado
CRISTIANA COUTO
especial para a Folha
Desde a meia-noite de hoje, já estão disponíveis no país cerca de 20
mil caixas do vinho francês Beaujolais Nouveau.
A bebida, distribuída simultaneamente no mundo todo na terceira quinta-feira de novembro,
poderá ser degustada este ano em
mais de 200 restaurantes de São
Paulo, em 21 estados brasileiros e
em mais de 70 países.
O Beaujolais Nouveau é um vinho tinto e leve, feito com uvas Gamay, que encontra no marketing
que o cerca -e não na qualidade- a sua fama.
"É um vinho simples, que não faz
jus à qualidade dos vinhos franceses", explica Jorge Carrara, colunista de vinhos da Folha, que
aconselha bons produtores como
Georges Duboeuf e Joseph Drouhin para aqueles que vão entrar na
"festa" de Baco.
Uma das novidades este ano é a
chegada ao país da versão italiana,
o Novello, de olho no sucesso comercial do Beaujolais Nouveau.
Restaurantes como Vinheria
Percussi e 72 preparam cardápios
especiais para o vinho.
"Por ser um vinho fresco, o
Beaujolais Nouveau vai bem com
peixes e carnes, que tenham cozimentos breves e aromatizados ou
acompanhados de molhos suaves", diz Alex Atala, chef do 72.
Mesmo fora da categoria de vinhos nobres, uma das vantagens
do Beaujolais é arrebanhar iniciantes. "É uma porta de entrada
para se começar a beber vinho",
diz Mario Telles, presidente da
ABS (Associação Brasileira de
Sommeliers).
De acordo com Alfredo Claudio
Srour, diretor da importadora
Franco Suissa, a expectativa da safra de 98 é boa. "Esse ano, o vinho
adquiriu características diferentes.
Perdeu o gosto de banana da safra
passada e adquiriu alguns acentos
de pêssego, rosas e caramelo."
As garrafas este ano estão 20%
mais caras. Por ser um vinho de
maturação rápida, o Beaujolais
Nouveau perde características se
envelhecer -não se aconselha
consumi-lo após fevereiro de 99.
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