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CINEMA / ESTRÉIAS
Aventura teen mistura hormônios e vampiros
"Crepúsculo", que estréia hoje, é um dos maiores fenômenos do ano em Hollywood
Robert Pattinson, o vampiro do bem, já é apontado como o novo Leonardo DiCaprio; filme já tem seqüência garantida para 2009
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando a revista "Entertainment Weekly" estampou na capa as estrelas de "Crepúsculo",
Kristen Stewart e Robert Pattinson, cinco meses antes da estréia do filme nos Estados Unidos, seus editores não deviam
imaginar que seria a edição
mais vendida do ano, à frente
até do número sobre "Batman
-O Cavaleiro das Trevas". Desde então, este filme sobre vampiros e amor na adolescência
virou um dos maiores fenômenos a atingir Hollywood em
2008.
Feito com US$ 37 milhões,
"Crepúsculo", que estréia hoje
no Brasil, já faturou US$ 150
milhões desde sua estréia há
um mês nos EUA. Cobriu seus
custos de produção nos primeiros três dias de exibição só em
território americano. Sua trilha
sonora também chegou ao primeiro lugar da parada musical
americana. Além disso, turbinou as vendas da série de livros
que deu origem ao filme -já
passaram das 17 milhões de cópias vendidas no mundo todo.
É a adaptação do primeiro
volume da série "Crepúsculo",
da norte-americana Stephenie
Meyer. No Brasil, os dois primeiros números dessa saga,
"Crepúsculo" (ed. Intrínseca,
416 págs., R$ 39,90) e "Lua Nova" (ed. Intrínseca, 480 págs.,
R$ 39,90), estão entre os mais
vendidos nas livrarias. O segundo deles, que vai virar filme
com estréia prevista para 20 de
novembro do ano que vem, entrou para a lista de mais vendidos já em primeiro lugar.
A versão cinematográfica do
primeiro número, dirigida por
Catherine Hardwicke, tem arrancado até agora reações mistas dos críticos, mas é sucesso
unânime entre seu público alvo: meninas adolescentes, com
os hormônios em ebulição, e
um ou outro menino emo.
"Acho que nunca uma autora ficou tão feliz com a adaptação
de seu livro para o cinema
quanto eu", disse Stephenie
Meyer à imprensa estrangeira.
Amor e vampiros
Mas não é tão difícil explicar
a comoção. "Crepúsculo" mistura alguns ingredientes básicos para o sucesso em Hollywood: ídolos teen de beleza
avassaladora, um amor impossível e vampiros.
É a história de um desses
mortos-vivos, muito bonito e,
de quebra, do tipo que não morde humanos, já que sua dieta é
sangue animal, que se apaixona
pela frágil, delicada e estonteante colega de classe, uma
menina de verdade, com tudo
que isso acarreta: delírios, exageros passionais e muito calor.
"É a história de uma jovem
mulher que se apaixona tão
profundamente que ela nem se
importa se vai morrer ou se virar vampira também", disse
Catherine Hardwicke, ao "New
York Times". "Tem algo de
muito perigoso e magnético
nisso. É um amor obsessivo,
não muito distante de "Romeu e
Julieta", ou até de "Titanic"."
É verdade também que o britânico Robert Pattinson, na pele do vampiro Edward Cullen
após encarnar Cedric Diggory
em dois filmes da franquia
"Harry Potter", já é apontado
como o próximo Leonardo DiCaprio. Nas sessões de autógrafo do filme, houve desmaios das
meninas mais frágeis e até uma
que, no alvoroço em torno do
astro num shopping de San
Francisco, quebrou o nariz.
"Queremos que este filme seja um grande evento, que o herói seja mesmo um herói", disse
Nancy Kirkpatrick, responsável pelo marketing da série.
"Sabemos que será enorme."
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