São Paulo, sexta, 19 de dezembro de 1997.




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'Titanic' estréia com missão impossível

CLÁUDIA PIRES
de Nova York

O filme "Titanic", de James Cameron, estréia hoje nos EUA com uma missão difícil: recuperar os US$ 200 milhões investidos em sua produção, recorde absoluto na história do cinema.
"Titanic", que deve estrear no Brasil em janeiro, foi feito por meio de uma associação entre a Fox e a Paramount e teve um custo maior do que "O Exterminador do Futuro 2" (cerca de US$ 100 milhões), também de Cameron.
Segundo as diretorias dos estúdios, o filme tem que arrecadar pelo menos US$ 350 milhões para ser considerado lucrativo.
A história do navio que afundou no Atlântico Norte em 1912 com 1.500 pessoas a bordo já deveria ter estreado nos EUA em julho. Na avaliação dos estúdios, o verão é a melhor época para arrecadação de bilheteria no país.
Os problemas durante a produção e os desentendimentos do diretor com a Fox e a Paramount atrasaram a sua finalização. O principal problema foi o estouro do orçamento. Só para efeitos especiais, o diretor exigiu um adicional de US$ 30 milhões.
Para gravar "Titanic", James Cameron mandou construir uma réplica do navio com tamanho apenas 10% menor do que o original. As gravações foram feitas em Rosarito, no México.
Outros problemas empataram o andamento da produção. Para aprovar os aumentos de verba, a Paramount começou a fazer exigências e implicar com o elenco.
Segundo a diretoria do estúdio, um jovem ator como Leonardo DiCaprio não poderia assegurar o retorno de bilheteria esperado. Mas Cameron não quis abrir mão de DiCaprio e acabou concordando em diminuir sua participação nos lucros sobre a arrecadação.
O próprio diretor James Cameron, no entanto, chegou a ter suas dúvidas a respeito de DiCaprio antes do início das gravações. Mas, com o andamento das filmagens, começou a acreditar que ele era ideal para o papel.
DiCaprio faz um rapaz pobre que se apaixona por uma garota rica no Titanic. A história é contada por meio das lembranças dela, mais de 80 anos depois do desastre.



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