São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 1998

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Victor Hugo conciliou mulher e amante

da Reportagem Local

O triângulo formado por Juliette Drouet, Victor Hugo e sua mulher, Adèle, durou 50 anos e se não constituiu um clássico "ménage à trois", parece óbvio que a amante foi bem mais que apenas isso na vida do escritor francês.
A princípio, Adèle detestava Juliette, como qualquer mulher traída. Quando os Hugos se mudaram para uma casa grande, em uma praça elegante, Juliette também recebeu uma moradia nas proximidades, sob os protestos da mulher.
Mas, quando sob o regime de Luís Bonaparte, Hugo teve que se exilar na ilha de Jersey, no canal da Mancha, Adèle já aceitou a presença de Juliette, em um pequeno apartamento na mesma rua.
Victor Hugo escrevia pela manhã, visitava Juliette à tarde e passava a noite com Adèle e a família. Dois dos filhos de Hugo frequentavam a casa da amante do pai. Em 1859, o escritor adoeceu. Na cabeceira de seu leito, estavam, lado a lado, Adèle e Juliette.
Em jantar em Bruxelas, em 64, Hugo sentou-se entre as duas, e Adèle brindou a Juliette. Depois da morte de Adèle, em 1868, Juliette e Hugo foram viver juntos, com a amante fazendo o culto à Adèle: "Eu o amo agora com o grande coração de sua querida morta e também com o meu". (CM)



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