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Victor Hugo conciliou mulher e amante
da Reportagem Local
O triângulo formado por Juliette
Drouet, Victor Hugo e sua mulher,
Adèle, durou 50 anos e se não
constituiu um clássico "ménage à
trois", parece óbvio que a amante
foi bem mais que apenas isso na vida do escritor francês.
A princípio, Adèle detestava Juliette, como qualquer mulher traída. Quando os Hugos se mudaram
para uma casa grande, em uma
praça elegante, Juliette também recebeu uma moradia nas proximidades, sob os protestos da mulher.
Mas, quando sob o regime de
Luís Bonaparte, Hugo teve que se
exilar na ilha de Jersey, no canal da
Mancha, Adèle já aceitou a presença de Juliette, em um pequeno
apartamento na mesma rua.
Victor Hugo escrevia pela manhã, visitava Juliette à tarde e passava a noite com Adèle e a família.
Dois dos filhos de Hugo frequentavam a casa da amante do pai. Em
1859, o escritor adoeceu. Na cabeceira de seu leito, estavam, lado a
lado, Adèle e Juliette.
Em jantar em Bruxelas, em 64,
Hugo sentou-se entre as duas, e
Adèle brindou a Juliette. Depois da
morte de Adèle, em 1868, Juliette e
Hugo foram viver juntos, com a
amante fazendo o culto à Adèle:
"Eu o amo agora com o grande coração de sua querida morta e também com o meu".
(CM)
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