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Nietzsche viveu "triângulo metafísico"
da Reportagem Local
A psicanalista Lou Andreas-Salomé (1861-1937), admirada por
Freud, era uma mulher loura, de
olhos azuis perturbadores e lábios
carnudos e sensuais.
Envolveu-se em pelo menos dois
triângulos amorosos em sua vida
-o primeiro deles, com os filósofos Friedrich Nietzsche e Paul Rée.
Seu segredo de felicidade a três era
não amar nunca. "Quanto maior o
desejo, maior a subordinação", dizia, ciosa de sua independência.
Lou insistiu em viver junto com
os dois, em um ménage que definiria como "metafísico". Não havia
quase sexo, dizem, mas uma "camaradagem", e a inclinação de Salomé pelo desamor deixaria o filósofo criador do conceito do "super-homem" desiludido.
O segundo trio vivido por Salomé aconteceria entre ela, seu marido, o intelectual persa F.C. Andreas, quinze anos mais velho, e o
poeta alemão Rainer Maria Rilke,
então com 22 anos -ela tinha 30.
Andreas apreciava Rilke, e aquiesceu em que morassem juntos.
Segundo Lou, os três faziam tudo
em comum. Mas durou pouco. A
possessividade de ambos a lembrava a todo momento da necessidade de explorar sua própria alma.
Deixou Rilke -não Andreas-,
que, em seu leito de morte, ainda
chamaria por Lou Salomé.
(CM)
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