São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 1998

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Bivar contribuiu para o ápice

da Reportagem Local

O ano de 1982, em São Paulo, ficou marcado como o momento de ápice para um grupo de jovens, inspirado pelos garotos ingleses, que tocava (mal) músicas de três acordes, vestia-se de preto, com tachas e coturnos (e, às vezes, suásticas nazistas) e tinha cabelos espetados e coloridos.
Um dos principais motivos dessa explosão foi o festival "O Começo do Fim do Mundo", no Sesc Pompéia, reunindo os grupos (rivais), da capital e do ABC.
Por trás desse festival, estava o dramaturgo Antônio Bivar, autor da polêmica "Cordélia Brasil", encenada em 1968 com Norma Bengell no elenco, amigo e parceiro de Rita Lee e aficionado pelo grupo literário de Bloomsburry, da escritora britânica Virginia Woolf, entre outras atividades.
Bivar é também autor de um dos livros da coleção "Primeiros Passos", uma das coqueluches da década de 80. O seu "O Que É Punk" está esgotado atualmente e não há cópias nem na editora Brasiliense.
Frequentador das Grandes Galerias, no centro, e de casas noturnas como Madame Satã e Napalm, Bivar fazia ainda contato com Jello Biafra, o norte-americano vocalista da banda Dead Kennedys, segunda geração do punk.
Ele mandava para o programa de rádio de Biafra demos brasileiras e até músicas de Carmem Miranda.
Depois do fechamento do Napalm, Bivar se afastou do punk. E passou oito anos escrevendo quatro peças de teatro contando toda a história do Brasil.



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