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Bivar contribuiu para o ápice
da Reportagem Local
O ano de 1982, em São Paulo, ficou marcado como o momento de
ápice para um grupo de jovens,
inspirado pelos garotos ingleses,
que tocava (mal) músicas de três
acordes, vestia-se de preto, com tachas e coturnos (e, às vezes, suásticas nazistas) e tinha cabelos espetados e coloridos.
Um dos principais motivos dessa
explosão foi o festival "O Começo
do Fim do Mundo", no Sesc Pompéia, reunindo os grupos (rivais),
da capital e do ABC.
Por trás desse festival, estava o
dramaturgo Antônio Bivar, autor
da polêmica "Cordélia Brasil", encenada em 1968 com Norma Bengell no elenco, amigo e parceiro de
Rita Lee e aficionado pelo grupo literário de Bloomsburry, da escritora britânica Virginia Woolf, entre outras atividades.
Bivar é também autor de um dos
livros da coleção "Primeiros Passos", uma das coqueluches da década de 80. O seu "O Que É Punk"
está esgotado atualmente e não há
cópias nem na editora Brasiliense.
Frequentador das Grandes Galerias, no centro, e de casas noturnas
como Madame Satã e Napalm, Bivar fazia ainda contato com Jello
Biafra, o norte-americano vocalista da banda Dead Kennedys, segunda geração do punk.
Ele mandava para o programa de
rádio de Biafra demos brasileiras e
até músicas de Carmem Miranda.
Depois do fechamento do Napalm, Bivar se afastou do punk. E
passou oito anos escrevendo quatro peças de teatro contando toda a
história do Brasil.
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