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Osesp grava CDs
com sinfonias
de Guarnieri
DA REPORTAGEM LOCAL
A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo)
termina hoje a gravação, para o selo sueco Bis, de três
obras de Mozart Camargo
Guarnieri (1907-1993), as
sinfonias de número 1 e 4 e a
"Abertura Festiva".
Dentro do mesmo projeto,
começam a ser gravadas
amanhã duas sinfonias de
Cláudio Santoro (1919-1989), as de números 9 e 4, e
mais "Frevo" e "Impressões
de uma Usina de Aço".
As sessões de gravação começaram no dia 14 e devem
terminar no dia 28. Cerca de
90 músicos da sinfônica
paulista estão trabalhando
no palco da Sala São Paulo,
sede da orquestra e local de
excelente condição acústica.
Serão ao todo 12 CDs, que
também reunirão obras de
cinco outros compositores
brasileiros: Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes, Alexandre Levy, Francisco Mignone e Francisco Braga.
O primeiro disco será lançado em março ou abril,
com peças de Guarnieri gravadas no ano passado.
Camargo Guarnieri escreveu seis sinfonias, Santoro
escreveu 14.
Esse conjunto de obras de
primorosa escrita sinfônica
é pouco ou quase nunca interpretado por orquestras
brasileiras. Há problemas
com a edição de partituras,
mas em verdade essa espécie
de boicote velado possui outras razões.
São compositores que
"não dispõem de um lobby
organizado" na sociedade
para serem interpretados
com maior frequência, argumenta o maestro John Neschling, diretor musical da
Osesp, que vem regendo esses registros sonoros.
As apresentações públicas
da orquestra começam a
partir do dia 7 de março,
com a primeira de três récitas, regidas por Roberto
Minczuk e que trarão "Magnificat em Ré Maior", de Johann Sebastian Bach, e a
"Sinfonia Nš 1", de Gustav
Mahler.
(JBN)
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