|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÉRIE
Humor negro movimenta "A Sete Palmos"
CLÁUDIA CROITOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO
Esta tem que ir para a (pequena)
lista das boas novidades para
quem só tem TV aberta: estréia
hoje no SBT "A Sete Palmos"
("Six Feet Under"), série escrita
por Allan Ball, Oscar de melhor
roteiro com "Beleza Americana".
Como não se pode ter tudo, o
horário não é dos mais convidativos: 1h da manhã. Mas a iniciativa
da emissora -que exibe bons seriados da TV paga sem muito
alarde- é louvável, e não será
perda de tempo ficar acordado ou
programar o videocassete para
gravar a série, que é exibida ao
mesmo tempo por dois canais na
TV paga, Warner e HBO.
Como muitos outros seriados
por aí, trata dos problemas de
uma família desajustada (os Fischer): a mãe que traiu o pai durante anos com o cabeleireiro, o
filho que não se dá bem na vida, a
filha adolescente rebelde, o filho
que sempre escondeu o homossexualismo... A grande novidade é
que as histórias giram em torno
do negócio que dá sustento à família -uma funerária (daí o nome da série).
Todos os desajustes familiares
vêm à tona quando o patriarca
dos Fischer morre em um acidente de carro. A família se vê obrigada a se unir novamente e, pela primeira vez, tem de cuidar de um
dos seus na própria funerária, que
funciona na casa onde voltam a
viver juntos.
A partir daí, no início de cada
episódio um desconhecido morre, e os dramas dos personagens,
com um pouquinho de humor
negro, se misturam à história do
morto do dia -nos EUA, a funerária é quem cuida de tudo quando alguém morre: providencia velório e enterro, avisa os conhecidos, veste e maquia o morto, arruma o caixão etc.
"A Sete Palmos" já levou Emmy
(entre eles o de melhor elenco) e
Globo de Ouro -neste ano,
Frances Conroy ganhou como
melhor atriz de série dramática.
A SETE PALMOS. Quando: hoje, à 1h, no
SBT.
Texto Anterior: 10 anos ao vivo (DVD) Próximo Texto: Carlos Heitor Cony: O apóstolo por dentro e por fora Índice
|