São Paulo, sexta, 20 de fevereiro de 1998

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Monkees "expulsaram' Hendrix do palco

da Reportagem Local

A TV paga recuperou para a tela a "era de ouro" das séries, criadas nos anos 60 e retransmitidas muito tempo. É possível ver, hoje, "Perdidos no Espaço" em cores.
A "trivia" em torno de tais programas, que estabeleceram de vez os conceitos industriais de "sitcom" e do drama na televisão dos EUA, se dava de forma bem diversa, pré-Internet. Produziu livros, cartões de papelão etc.
Mas não é diferente o conteúdo. Agnes Moorehead, a mãe da "feiticeira", também era usada então pela Nasa, no lançamento da Apollo 12, na função de "assessora técnica". Ela era a bruxa Endora.
E não faltavam convidados especiais para acompanhar a "dupla dinâmica" nos episódios de "Batman". Um nome: Liberace.
E quem financiou "Perdidos no Espaço"? Ninguém menos do que Groucho Marx. E os Monkees, em pleno 1968, fizeram uma turnê com shows abertos por apresentações de Jimi Hendrix. Ele não conseguia tocar, porque o público pedia os Monkees, e abandonou a turnê na oitava apresentação.
Entre as histórias que se contam sobre "Jornada nas Estrelas", que atraiu um "culto" insuperado, está a de que o "teletransporte" foi criado para cortar custos: era preciso tirar os personagens da nave sem sair do estúdio.
Há poucos meses um "teletransporte" real, em laboratório, foi anunciado com referências de gratidão à série. Nos três anos em que esteve no ar (66/69), foi fracasso de audiência. A melhor posição foi 52ª.
E qual é o nome da nave em que o capitão Kirk serviu, antes da Enterprise? USS Farragut. Onde foi parar o modelo da nave Enterprise usado na série? Na Smithsonian Institution, em Washington.
E o que aconteceu com Starker, agente da Kaos, de "Agente 86"? Foi interpretar Ronald McDonald nos comerciais do McDonald's.
Quatro dos países democráticos salvos pela equipe de "Missão Impossível" das garras dos inimigos do Ocidente (inimigos com nomes como Milos Pavel): Svardia, Camágua, Santales e Logosia.
Em plena Guerra Fria, com referências ao inimigo soviético em toda parte nas séries, a de produção mais delicada foi "O Homem da UNCLE", que tinha um russo, Illya, como personagem.
Os executivos da NB tentaram derrubar o personagem e, por uma confusão, não conseguiram. O público também, por cartas. No final, um deles teria escrito, resignado, ao ator David McCallum: "Você pode ser um comunista... mas você é o nosso comunista!" (NS)



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