VANDECK SANTIAGO
da Agência Folha, em Recife

A versão original de "O Ébrio", nunca vista desde que o filme foi lançado em 1946, será exibida hoje (15h) pela primeira vez no 2º Festival de Cinema de Recife.
A fita esteve durante dois anos sendo restaurada por técnicos brasileiros. A nova cópia tem 120 minutos, enquanto a obra lançada em 1946 tinha 87 minutos.
"Na época do lançamento, o filme teve de ter o tempo reduzido por conta de imposições dos exibidores", disse Alice Gonzaga, diretora-superintendente do Cinédia, estúdio que produziu o filme e a sua restauração.
Para que "O Ébrio" se adequasse às exigências dos exibidores, segundo Gonzaga, sequências inteiras tiveram de ser cortadas.
Para o trabalho de remontagem da nova cópia, foram usados trechos retirados da versão original que haviam sido guardados por Adhemar Gonzaga (fundador do Cinédia). Cópias existentes no própria Cinédia e na Cinemateca do MAM (RJ) também foram utilizadas.
"O Ébrio" foi dirigido por Gilda de Abreu, que era mulher de Vicente Celestino. Conta a história de um imigrante pobre (Celestino) que enriquece, é pressionado por parentes que cobiçam o seu dinheiro e traído pela mulher. Em crise, acaba perdendo tudo e se tornando um alcoólatra.
O 2º Festival de Cinema de Recife acaba amanhã, com o anúncio dos filmes premiados. Concorrem cinco longas e 24 curtas.



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