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ARTES PLÁSTICAS
Quadros de
Lerner
permanecem
apreendidos
da Sucursal do Rio
O promotor da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Rio, Fernando Galvão, deu ontem parecer
contrário ao pedido de liberação
dos 35 quadros do artista plástico
Nelson Lerner.
Eles foram apreendidos no início de fevereiro no 16º Salão Nacional de Artes Plásticas, organizado pela Funarte e em cartaz no
Museu de Arte Moderna do Rio,
onde permanecerão até que o promotor criminal do Ministério Público se pronuncie.
"O promotor opina, mas quem
decide sou eu. Devolvo as obras
desde que ele se comprometa a
não expô-las que apresente quando solicitado pela Justiça", disse
Siro Darlan, juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude.
Darlan alega que mandou
apreender os quadros de Lerner
com base no artigo 241 do Estatuto
da Criança e do Adolescente, que
prevê pena para quem "fotografar
ou publicar cenas de sexo explícito
ou pornográfico envolvendo
crianças e adolescentes".
Lerner fez grafismos, como órgãos genitais, sobre fotos de crianças realizadas pela fotógrafa neozelandesa Anne Geddes.
"Não posso aceitar a devolução
dos quadros sob essas condições.
Seria como assinar um atestado de
culpabilidade. Fiz os quadros para
mostrá-los, e não para guardá-los
em casa", disse Lerner.
Segundo o advogado de Lerner,
Silvio Ricart, se as obras forem danificadas no depósito onde estão,
a Funarte e o MAM serão processados.
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