São Paulo, sexta, 20 de março de 1998

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CRÍTICA
A voz certa no lugar certo

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Editor de Domingo

A voz certa na hora certa, Gal Costa surgiu para o Brasil na espuma da bossa, mas marcou definitivamente sua presença como intérprete do tropicalismo -do qual foi ponta-de-lança quando Caetano Veloso e Gilberto Gil foram mandados para Londres.
A antológica interpretação de "Baby", a releitura daquelas canções do Roberto, o cabelo enorme, as roupas hippies, o disco com a capa histórica de Hélio Oiticica. E depois, a Gal Fa-Tal, cantando a todo vapor, com a Bolha, no palco do Teresão, em Copacabana. A Gal de "Vapor Barato", de "Charles, Anjo 45", de "Antonico", voz e retrato de uma época.
Ok, depois virou "senhora", estourou na classe média, saiu dos círculos cultivados e foi para a grande consagração. É hoje a cantora do Brasil. A número 1.
O show que reestréia em São Paulo, com nova cara, é uma síntese dessa história. A Gal de Tom Jobim, de João Gilberto, de Caetano, de Chico Buarque, de Roberto Carlos, de Jorge Ben Jor, de Wally Salomão e Jards Macalé, mas também de Ary Barroso e das velhas canções do Brasil.
O show é, portanto, para todos os admiradores de uma voz que ficará gravada para sempre na memória auditiva desse país de ouvido musical.



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