São Paulo, sexta, 20 de março de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice KNEBWORTH, 1996
IGOR GIELOW da Reportagem Local Quando entrou no palco, às 20h55 de um sábado meio chuvoso em Knebworth (80 km de Londres), Noel Gallagher disse: "Vocês sabem que estamos fazendo história aqui". Na platéia, 125 mil pessoas acotoveladas concordaram em uníssono -mas mal sabiam o teor profético e irônico das palavras. Isso porque, aquela noite, 10 de agosto de 1996, marcou o início do fim da maior banda de rock surgida no Reino Unido na década Frente a um público recorde para os padrões britânicos, os cinco "mancunians" deram um espetáculo impecável. Abriram com "Columbia" e só pararam 1h45 e 17 músicas depois. O set acústico de Noel foi bem planejado ("Masterplan" em destaque) -não cometendo heresias como a que fez no Chile ao tocar a eminentemente elétrica "Live Forever" com banquinho e violão. Pena que acabou. Desde então, o marketing da banda desandou e afetou a qualidade musical do grupo, seu maior patrimônio. Após Knebworth, o Oasis nunca mais foi o mesmo. Confusão em turnês e um disco que, à exceção de umas quatro músicas, não supera nenhum lado B de singles anteriores da banda de Manchester. O Oasis virou repetição. Mas para quem estava lá, em 1996, hoje são eles que estão virando história. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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