São Paulo, sexta, 20 de março de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice SANTIAGO, 1998 PATRICIA DECIA da Reportagem Local Não é todo dia que se assiste a um show como o do Oasis, especialmente quem tem menos de 30 anos e mora na América do Sul. No palco, em Santiago (Chile), a banda dos Gallagher mostrou que oferece outro tipo de circo, um tanto incomum para a década que se acostumou a megatelões e performances bizarras. A simples presença dos músicos no palco com seus convencionais instrumentos elétricos, faz crer que, finalmente, estamos diante de uma grande banda de rock. Isso, para alguns, é sinônimo de apatia e conservadorismo -esvaziando, assim, qualquer qualidade que o Oasis poderia ter. Mas ouvir a guitarra de Noel e assistir Liam encarar a platéia mostra que os Gallagher estão a quilômetros de distância do pão que o mundo pop oferece. No estádio San Carlos de Apoquindo, as meninas foram gritar por Liam e os meninos, cantar junto os sucessos da banda. Mas essa caracterização ultra-adolescente de um show de rock não se sustentou frente às canções e versões dos Gallagher. Com o público desafiado em suas reações mais normais, ocorreu o estranhamento. Os Gallagher e os chilenos estavam em descompasso. Mas foram os garotos e garotas, um tanto atônitos, que tiveram de parar para ver o Oasis. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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