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Objetivo é preservação
da Sucursal do Rio
"O nome de Portinari está
fadado ao esquecimento.
Pergunte a um jovem de 16
anos quem foi Portinari e
provavelmente ele não saberá. Dentro de muito pouco tempo, o brasileiro saberá de Portinari tanto quanto
sabe de outros pintores do
século passado. Aliás, no
ano 2001, ele será um pintor
do século passado."
Essa convicção motivou o
fotógrafo Flávio Damm a
editar o livro com um "detalhe" que considera fundamental: o preço.
Segundo Damm, em pesquisa recente que fez em 18
livrarias do Rio, encontrou
só dois livros com obras do
pintor, mas sem informações bibliográficas: "Pintores do Mercosul", custando
R$ 60, e outro sobre antropofagia por R$ 120.
"Meu interesse é fazer um
livro único, raro, porque
não existe nenhum documentário como esse sobre
nenhum pintor brasileiro.
Mas minha preocupação é
fazer uma publicação que
não tenha preço proibitivo", disse o autor, que quer
lançar o livro por R$ 25.
"37 Anos sem Portinari,
37 Fotos com Portinari" será publicado primeiro pela
editora italiana Fratelli di
Rosa, em versões em francês, espanhol e italiano.
"Só um editor europeu teve a sensibilidade de entender a importância de publicar um documentário fotográfico de Portinari."
No Brasil, Damm ainda
está negociando com uma
editora de livros do Rio.
Para ele, a "ineficiência do
Projeto Portinari" -presidido pelo filho do pintor,
João Candido, desde 79, para divulgar sua obra- é um
dos motivos pelos quais
considera que o nome do
artista está "fadado ao esquecimento". Procurado
pela Folha, João Candido
disse que não pretende "polemizar com o fotógrafo".
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