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SHELL 99
Marcelo Paiva e Franke são premiados no Rio
free-lance para a Folha
Na 12ª edição do Prêmio Shell
de Teatro, versão carioca, nenhum espetáculo levou mais de
uma estatueta. A peça "E aí, Comeu?", que recebeu três indicações, entre elas as de melhor atriz
e iluminação, ganhou o prêmio de
melhor autor, entregue a Marcelo
Rubens Paiva. O evento aconteceu na noite de anteontem, no
Museu Histórico Nacional, na região central do Rio.
O prêmio de melhor direção foi
para a alemã Nehle Franke, pela
montagem de "Divinas Palavras".
Nehle, que estava presente, adaptou "para o sertão nordestino" o
texto do galego Ramón Del Valle-Inclán com o grupo Ba-Rin, um
dos destaques da edição do ano
passado do Festival de Teatro de
Curitiba.
Emílio Di Biasi foi escolhido
melhor ator por "Um Passeio no
Bosque"; Soraya Ravenli foi eleita
melhor atriz pelo musical "Dolores".
A premiação dos melhores do
teatro em 1999, marcada para as
20h, começou 40 minutos depois,
com a entrada do grupo Ra Tame
Tanz no Pátio dos Canhões, onde
concentraram-se os convidados.
A companhia carioca apresentou o espetáculo "Esculpir Mitos". Caracterizados como estátuas gregas, os intérpretes apresentaram um misto de dança e
teatro.
O evento prosseguiu no Pátio da
Minerva, onde o grupo concluiu a
apresentação que durou uma
hora. Enquanto isso, boa parte
dos convidados desviava a atenção para o coquetel.
Às 21h45, o ator Sérgio Mamberti, todo vestido de vermelho,
anunciou os vencedores. Entre
os premiados, Gabriel Villela
(melhor figurino em "A Vida É
Sonho"), Tim Rescala (melhor
música em "Opereta"), Maneco
Quinderé (melhor iluminação
em "Bispo Jesus do Rosário - A
Via Sacra dos Contrários") e Ronald Teixeira (melhor cenografia
em "Dona Rosita, a Solteira").
Cada vencedor ganhou R$
3.500, além da estátua.
O prêmio especial, concedido à
Verner Fábrica de Tecido, pelo
apoio às produções teatrais do
Rio, foi dedicado ao crítico Décio
de Almeida Prado, ao dramaturgo Plínio Marcos e ao artista
plástico Domenico Calabrone
(escultor do troféu, morto no início do mês).
Integraram o júri Bernardo Jablonsky, Lionel Fischer, Maria
Fernanda, Fabiana Valor e Aracy
Cardoso.
O Prêmio Shell foi criado em
1989. A próxima edição, em 2001,
trará como novidade a escolha
dos três melhores espetáculos da
temporada.
(KARINE RODRIGUES)
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