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Procura por ingressos é grande
DA REPORTAGEM LOCAL
O que uma professora de inglês,
uma bióloga, uma economista,
um engenheiro, um ex-presidente
da Ordem dos Advogados (OAB-SP) e uma policial federal têm em
comum? Todos estão na fila da bilheteria do teatro Abril, na Bela
Vista, onde levam em média 15
minutos para comprar ingressos
para o espetáculo "O Fantasma da
Ópera" a seis dias da estréia.
Foi assim na tarde de sábado
passado, o dia mais movimentado para as compras antecipadas.
"Acho que vai ser muito bonito,
por ser um espetáculo vindo de
fora, da Broadway, né?", diz a policial federal Fernanda Dantas, 25,
que levou a avó Valderina Torres,
75, recém-chegada de Aracaju,
para o primeiro lugar da fila,
meia-hora antes da abertura das
bilheterias. A neta viu "A Bela e a
Fera" e quer proporcionar o novo
musical como um "presente".
"Assisti a todos, desde "Les Miserábles", e sempre compro para a
mesma turma: eu, a sogra, a irmã
e a mãe", diz a economista Mirian
Cruz, 30, decidida a comprar entradas para o sábado que vem, no
setor B (R$ 95 ou R$ 110 cada, dependendo do dia). "Está mais caro que "Chicago", mas acho justo."
Para a publicitária Lucivania
França, 25, o preço é "complicado", sobretudo para ela que não
possuí carteirinha de estudante.
"Há tempos comprei o CD com as
músicas da peça. Espero que os
nossos artistas cantem tão bem
quanto os originais", diz França.
Existe a ala de quem já viu o espetáculo no exterior e volta para
conferi-lo cantado em português.
"Em Londres, eu assisti do balcão,
atrás de uma pilastra", diz o engenheiro André Valente, 38. Agora,
ele e a mulher estarão na platéia
vip (R$ 180 ou R$ 200 cada um).
Ex-presidente da OAB-SP, Rubens Aprobbato Machado, 71, levou alguns ingressos para a família repetir a dose de 1999, em Nova
York. "Os preços estão no nível
do espetáculo, mas fora dos padrões brasileiros", diz o advogado.
(VS)
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