São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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Procura por ingressos é grande

DA REPORTAGEM LOCAL

O que uma professora de inglês, uma bióloga, uma economista, um engenheiro, um ex-presidente da Ordem dos Advogados (OAB-SP) e uma policial federal têm em comum? Todos estão na fila da bilheteria do teatro Abril, na Bela Vista, onde levam em média 15 minutos para comprar ingressos para o espetáculo "O Fantasma da Ópera" a seis dias da estréia.
Foi assim na tarde de sábado passado, o dia mais movimentado para as compras antecipadas.
"Acho que vai ser muito bonito, por ser um espetáculo vindo de fora, da Broadway, né?", diz a policial federal Fernanda Dantas, 25, que levou a avó Valderina Torres, 75, recém-chegada de Aracaju, para o primeiro lugar da fila, meia-hora antes da abertura das bilheterias. A neta viu "A Bela e a Fera" e quer proporcionar o novo musical como um "presente".
"Assisti a todos, desde "Les Miserábles", e sempre compro para a mesma turma: eu, a sogra, a irmã e a mãe", diz a economista Mirian Cruz, 30, decidida a comprar entradas para o sábado que vem, no setor B (R$ 95 ou R$ 110 cada, dependendo do dia). "Está mais caro que "Chicago", mas acho justo."
Para a publicitária Lucivania França, 25, o preço é "complicado", sobretudo para ela que não possuí carteirinha de estudante. "Há tempos comprei o CD com as músicas da peça. Espero que os nossos artistas cantem tão bem quanto os originais", diz França.
Existe a ala de quem já viu o espetáculo no exterior e volta para conferi-lo cantado em português. "Em Londres, eu assisti do balcão, atrás de uma pilastra", diz o engenheiro André Valente, 38. Agora, ele e a mulher estarão na platéia vip (R$ 180 ou R$ 200 cada um).
Ex-presidente da OAB-SP, Rubens Aprobbato Machado, 71, levou alguns ingressos para a família repetir a dose de 1999, em Nova York. "Os preços estão no nível do espetáculo, mas fora dos padrões brasileiros", diz o advogado. (VS)


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