Tratores sacolejam canaviais, misturando moscas e
melado por nossos adoçantes.
Aviões aspergindo complexas
vitaminas na veia dos homens
de bens. Cem sóis para o tifo
das lagoas moribundas. Mil
braços cruzados pendurados
nas cercas com 10 mil marmitas vazias nas pontas. A música
fúnebre de talheres e elásticos.
Uma raiva que não é de hoje,
nem desse século de luzes e
chips. Fome de luxo ardendo
nas cadernetas. Preces e foices
afiadas para caules e pescoços
de um lado. Policias, capatazes
e espingardas de outro. Missas
e assembléias. Mao Tse-tung
contra a terra hereditária. Caminhões de vontade indo para
o saco das exportações. Verduras embaladas à vácuo, os
maiores grãos, balas perdidas
e incestos nos casebres de respeito.
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