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Balé poderá acabar em 2004
CRÍTICA DA FOLHA
Rebatizado em 1984, depois da
chegada de William Forsythe, o
Frankfurt Ballett tornou-se logo
um nome de excelência no cenário internacional da dança. Forsythe redirecionou artisticamente a companhia e fez dela um verdadeiro grupo de colaboradores:
bailarinos, músicos e outros artistas associados. Juntos, criaram
um repertório que incorpora elementos de vários campos da produção contemporânea.
Vinte anos depois, com seu nome inscrito na história da arte do
nosso tempo, o destino da companhia chega ao fim. O subsídio
da prefeitura de Frankfurt vai só
até julho de 2004. "Por enquanto
não há nenhum indício de continuação, de nenhum tipo de balé",
diz Forsythe.
Os trabalhos da companhia têm
uma gama variada, desde obras
abstratas até peças que combinam a teatralidade com objetos
cênicos. Centrada nas possibilidades do corpo, sua dança provoca
vastas emoções -e pensamentos
perfeitos. A programação no Brasil, onde a companhia se apresenta dentro da Série Antares 2003,
abrange trabalhos criados entre
1989 e 2002 -"Enemy in the Figure" (1989), "Quintet" (1993), e
"The Room as It Was" (2002).
Assistir ao Frankfurt Ballett seria uma oportunidade e tanto em
qualquer condição. Sabendo do
término da companhia, é bem
mais do que isso. O longo século
20 chega com eles a mais um fim,
já no limite de um novo século de
Forsythe.
(IB)
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