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São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2003

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Balé poderá acabar em 2004

CRÍTICA DA FOLHA

Rebatizado em 1984, depois da chegada de William Forsythe, o Frankfurt Ballett tornou-se logo um nome de excelência no cenário internacional da dança. Forsythe redirecionou artisticamente a companhia e fez dela um verdadeiro grupo de colaboradores: bailarinos, músicos e outros artistas associados. Juntos, criaram um repertório que incorpora elementos de vários campos da produção contemporânea.
Vinte anos depois, com seu nome inscrito na história da arte do nosso tempo, o destino da companhia chega ao fim. O subsídio da prefeitura de Frankfurt vai só até julho de 2004. "Por enquanto não há nenhum indício de continuação, de nenhum tipo de balé", diz Forsythe.
Os trabalhos da companhia têm uma gama variada, desde obras abstratas até peças que combinam a teatralidade com objetos cênicos. Centrada nas possibilidades do corpo, sua dança provoca vastas emoções -e pensamentos perfeitos. A programação no Brasil, onde a companhia se apresenta dentro da Série Antares 2003, abrange trabalhos criados entre 1989 e 2002 -"Enemy in the Figure" (1989), "Quintet" (1993), e "The Room as It Was" (2002).
Assistir ao Frankfurt Ballett seria uma oportunidade e tanto em qualquer condição. Sabendo do término da companhia, é bem mais do que isso. O longo século 20 chega com eles a mais um fim, já no limite de um novo século de Forsythe. (IB)


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