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"Ninguém gosta de Oasis aqui', diz Maia
da Reportagem Local
Cogitada para abrir os shows
brasileiros da banda inglesa Oasis, em março passado, a Nação
Zumbi preferiu não sair da toca
-e explica a razão.
"Ninguém gosta de Oasis
aqui. Não fizemos porque não é
nosso público. Iam estar cagando para nós, dando tchau. Seria
um trabalho, não temos nada
contra -se bem que a gente
odeia eles", explica Lucio Maia.
Informada pela Folha de que
adolescentes circulavam no
show com camisas com a inscrição "eu odeio Nação Zumbi",
a banda reage de formas diversas.
"Pô, que legal", entusiasma-se Jorge Du Peixe. "Sempre
vai haver um fã revoltado do
Oasis", diz Maia. "Tomara que
eu encontre um deles", afirma
Pupillo.
Também controversa é a relação da banda com a peça
drum'n'bass de Goldie. São
unânimes em desaprovar o nome, "Chico - Death of a Rockstar" (Morte de um Astro Rock).
Segundo eles, a faixa seria um
remix de "Maracatu Atômico"
- "quando ouvimos, em Nova
York, vimos que não tinha nada
a ver", conta Gilmar.
"Eu pensei em tirar fora do
disco" -Du Peixe admite seu
desgosto com a faixa. "Não dava para mudar o nome, tinha
questão de editora, mas achamos muito pesado. É um fato,
mas não precisava dizer, não
precisava ser tão Oasis", reclama Maia. "Mas não íamos deixar de fora por isso. Ficou como
uma homenagem do Goldie para ele."
A Nação comenta, por fim, a
opinião de Caetano Veloso, para quem "o mangue beat é filho
do desejo dos pernambucanos
recifenses de reproduzirem o
Olodum".
"O samba-reggae baiano foi
muito legal, mas não foi ele
quem inventou o maracatu",
afirma Maia.
"Ele e o Gil viviam em Recife
estudando, pesquisando", diz
Du Peixe.
(PAS)
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