São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Ninguém gosta de Oasis aqui', diz Maia

da Reportagem Local

Cogitada para abrir os shows brasileiros da banda inglesa Oasis, em março passado, a Nação Zumbi preferiu não sair da toca -e explica a razão.
"Ninguém gosta de Oasis aqui. Não fizemos porque não é nosso público. Iam estar cagando para nós, dando tchau. Seria um trabalho, não temos nada contra -se bem que a gente odeia eles", explica Lucio Maia.
Informada pela Folha de que adolescentes circulavam no show com camisas com a inscrição "eu odeio Nação Zumbi", a banda reage de formas diversas.
"Pô, que legal", entusiasma-se Jorge Du Peixe. "Sempre vai haver um fã revoltado do Oasis", diz Maia. "Tomara que eu encontre um deles", afirma Pupillo.
Também controversa é a relação da banda com a peça drum'n'bass de Goldie. São unânimes em desaprovar o nome, "Chico - Death of a Rockstar" (Morte de um Astro Rock). Segundo eles, a faixa seria um remix de "Maracatu Atômico" - "quando ouvimos, em Nova York, vimos que não tinha nada a ver", conta Gilmar.
"Eu pensei em tirar fora do disco" -Du Peixe admite seu desgosto com a faixa. "Não dava para mudar o nome, tinha questão de editora, mas achamos muito pesado. É um fato, mas não precisava dizer, não precisava ser tão Oasis", reclama Maia. "Mas não íamos deixar de fora por isso. Ficou como uma homenagem do Goldie para ele."
A Nação comenta, por fim, a opinião de Caetano Veloso, para quem "o mangue beat é filho do desejo dos pernambucanos recifenses de reproduzirem o Olodum".
"O samba-reggae baiano foi muito legal, mas não foi ele quem inventou o maracatu", afirma Maia.
"Ele e o Gil viviam em Recife estudando, pesquisando", diz Du Peixe.
(PAS)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.