São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 2005

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MÚSICA

Especial esquadrinha canções de protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

"Não se escreve uma grande canção. Ela escreve você. E você apenas a obedece." Assim Bono, o messiânico vocalista do U2, descreve o que o impulsiona a compor músicas que contenham mensagens políticas e sociais.
Mas a história do pop está cheia de gente que dá às suas canções conotações para além da diversão, e é esse o tema do especial "Muito Mais que Rock", que o canal pago A&E Mundo exibe em três partes: entre amanhã e quinta-feira, às 21h.
Músicas de protesto podem causar certo incômodo em quem não admite ser catequizado por popstars que em muitos casos têm tanto conhecimento, digamos, dos problemas sociais africanos quanto de física quântica, mas o programa é oportuno em época de Live 8, a série de concertos beneficentes organizada pelo britânico Bob Geldof.
Dividido em capítulos, "Muito Mais que Rock" traz depoimentos de cantores como Patti Smith e de atores como Martin Sheen e Tim Robbins. Nesta primeira parte, o programa vai lá atrás, no início do século passado, quando o norte-americano Joe Hill bradava letras que falavam de igrejas e de sindicatos. Ele é chamado de "pai da música de protesto moderna".
A música negra dos EUA é bem discutida e ilustrada, com imagens de Martin Luther King e de manifestações anti-racistas. As questões sociais e políticas foram levadas ao pop, por meio do folk, por Bob Dylan, segundo o crítico musical Charles Shaar Murray. "Dylan articulou o espírito de uma época", diz Geldof.
O especial não se prende apenas aos EUA. Mostra cenas de manifestações francesas e alemãs. Há até menções a bandas e músicas de grupos extremistas de direita.
Mas é Annie Lennox, cantora do Eurythmics, que resume a motivação de compor canções de protesto: "Você não precisa ser madre Tereza, mas, se tiver chance, faça alguma coisa".


Muito Mais que Rock
Quando: entre amanhã e quinta, às 21h, no canal A&E Mundo



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