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ARTES PLÁSTICAS
Evento seleciona, pela primeira vez em 26 edições, além de portugueses e espanhóis, nove brasileiros
Bienal de Pontevedra se abre para o Brasil
CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A 26ª edição da bienal de Pontevedra, na Espanha, contará este
ano com uma novidade promissora para o mercado brasileiro.
Pela primeira vez em sua história,
o evento abre as portas para artistas do país. E mais: a participação
brasileira não é coadjuvante, mas
divide com Espanha e Portugal o
protagonismo do evento.
Curada por Maria de Corral, diretora da coleção de arte contemporânea da fundação "La Caixa",
a bienal contará com a participação de nove brasileiros, 11 espanhóis e sete portugueses.
Os artistas brasileiros selecionados são Sandra Cinto, José Damasceno, Adrianne Gallinari, Raquel Garbelotti, Lucia Koch, Jarbas Lopes, Marepe, Rochelle Costi
e Ana Maria Tavares (os sete primeiros participaram do projeto
"Antarctica Artes com a Folha",
em 1996).
O número reduzido de participantes no evento é explicável. A
bienal de Pontevedra trabalha
muito com "site specific" (obras
criadas especialmente para o local
da exposição), o que requer cuidados maiores em sua realização.
A até hoje exclusiva opção por espanhóis e portugueses se deve à
sua localização geográfica. Pontevedra fica no noroeste da Espanha, entre Porto (Portugal) e Santiago de Compostela (Espanha) e
durante muito tempo se ateve à
produção regional. Depois ampliou-se para todo o território dos
dois países e, agora, inclui o Brasil,
fato este devido ao interesse da
curadora Maria de Corral pela
produção do país, que ela visita
com frequência.
O tema da mostra é "Space as
Project - Space as Reality" (Espaço como Projeto - Espaço como
Realidade). Com ele, a curadora
pretende discutir o desenvolvimento da arte nos anos 90 no que
se refere à percepção do espaço e
sua utilização na prática artística.
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