São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 2005

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FESTIVAL

Evento reúne aspirantes a bailarinos de 16 Estados brasileiros e da Argentina, além de companhias profissionais

Joinville quer ir além da disputa na dança

Divulgação
Cena do espetáculo do grupo de dança folclórica Mazowsze


LUCIANA ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O importante não é competir, tampouco vencer, mas, sobretudo, ser palco de reflexão da dança na diversidade de seus gêneros. Esse é o ideal do Festival de Dança de Joinville, que começa hoje, no Centreventos Cau Hansen.
Em sua 23ª edição, o evento reúne aspirantes a bailarinos de 16 Estados brasileiros e da Argentina, além de companhias profissionais, e realiza atividades voltadas para pensar a arte em foco até o fim deste mês na cidade catarinense, que espera cerca de 250 mil pessoas (veja a programação em www.festivaldedanca.com.br).
O formato, que inclui apresentações de grupos convidados, feira, oficinas, mostra de vídeo-dança e debates, não traz novidade em relação às edições anteriores. Revela, porém, a insistência para alcançar a máxima citada acima.
Afinal, a valorização da disputa pelos participantes e pela platéia, em detrimento da busca do aperfeiçoamento artístico, sempre foi criticada. "O objetivo é que a Mostra Competitiva seja um dos destaques entre tantos outros dentro de um grande encontro", destaca Ely Diniz, diretor-executivo do Instituto Festival de Dança.
O público poderá apreciar coreografias de balé clássico de repertório, balé clássico, dança contemporânea, jazz, dança de rua, danças populares e sapateado. Os vencedores voltam ao palco na noite dos campeões, e todos os grupos participam de um bate-papo com os jurados. "Nesta conversa eles têm a chance de entender a avaliação, para a partir dela crescer como dançarinos", avalia Diniz.
Ao todo, o conselho artístico do instituto selecionou 608 coreografias. Dessas, 221 são para a Mostra Competitiva, 43 para o Festival Meia Ponta (mostra competitiva infantil), 336 para o Palco Aberto (espetáculos gratuitos que serão apresentados em ruas, shoppings e praças, entre outros locais de Joinville) e oito para a Mostra de Dança Contemporânea (não-competitiva).
Esta última, apresenta trabalhos de companhias profissionais como Staccato Cia. de Dança (SP), Icógnum Cia. de Dança (PE) e Márcia Milhazes Dança Contemporânea (RJ).
A abertura, hoje, também fica em mãos, braços, pernas e pés veteranos, com o grupo de dança folclórica Mazowsze Balé Nacional da Polônia. O grupo é composto por 90 integrantes, entre corpo de baile, orquestra, coral e equipe técnica. Além da tradição, os poloneses trazem quatro toneladas de equipamentos.
No dia 25, a atração da noite de gala é "emblemática", segundo Diniz, já que concretiza o ideal tantas vezes salientado pelo diretor. A Raça Cia. de Dança (SP) sobe ao palco como convidada especial. "É nossa homenagem a este grupo que se profissionalizou, tendo como marco a participação neste festival", completa Diniz.

23º Festival de Dança de Joinville
Quando:
hoje (abertura), dia 25 (noite de gala) e dia 30 (noite dos campeões), às 20h; amanhã ao dia 29 (Mostra Competitiva), às 19h; amanhã ao dia 23 (Mostra de Dança Contemporânea), às 22h; de 27 a 29 (Meia Ponta), às 15h
Onde: Centreventos Cau Hansen (av. José Vieira, 315, Joinville, SC, tel. 0/xx/ 47/433-2190)
Quanto: R$ 10 a R$ 50 (noites de abertura, gala e dos campeões); R$ 6 a R$ 26 (Mostra Competitiva); R$ 14 (Mostra de Dança Contemporânea e Meia Ponta)


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