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Cópias têm qualidade irregular
da Redação
A Continental Home Video é
uma empresa paradoxal. Sabe fazer o que ninguém no Brasil faz:
compra bem direitos, de obras importantes, e hoje tem, de longe, o
principal acervo de filmes clássicos do Brasil.
Supre, com isso, uma deficiência
importante do paupérrimo mercado de vídeo do país.
A copiagem e a tradução das fitas, no entanto, ainda é problemática, embora progressos já possam
ser notados.
Eles são, no entanto, irregulares.
Nada que provoque danos irrecuperáveis, como na versão em vídeo do "Julio César" de Mankiewicz, em que o texto de Shakespeare foi desfigurado a ponto de
não fazer sentido.
A maior parte das fitas da série
de surrealismo e dadaísmo quase
não apresenta problemas no quesito tradução: são quase todas da
era muda, quase sem cartela, apenas com música.
"Um Cão Andaluz" tem a gentileza de vir em duas versões, a de
1960 é conforme a versão que Buñuel apresentou na estréia do filme; a de 1983 vem acompanhada
por uma trilha composta especialmente para o filme.
Em "O Sangue de um Poeta" fala-se pouco. Esse pouco, porém, já
é motivo para uma série de erros
grosseiros de tradução.
No mais, a superposição de letreiros (o português sobre o inglês) é um recurso que dificulta
muito a leitura e sempre deveria
ser evitado.
(IA)
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