GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local

A polícia de Guararema (a 75 km de SP) prendeu ontem Vitor Tancredo, 19, acusado de ser um dos membros da quadrilha que atirou no ator Gerson Brenner durante uma tentativa de assalto.
Brenner, o Jorginho da novela "Corpo Dourado", da Globo, foi baleado na cabeça na madrugada de segunda-feira no acesso da rodovia Ayrton Senna para a presidente Dutra. O ator estava indo de São Paulo para o Rio, onde gravaria a última cena da novela.
O delegado Marcos de Almeida Tourinho afirmou que Tancredo confessou a participação no crime. Segundo Tourinho, Tancredo foi o responsável pela colocação das pedras na estrada.
Os outros integrantes da quadrilha, que estão foragidos, foram identificados pela polícia como: Dimas Almeida Batista, acusado de ter sido o autor do disparo, e Luzimar Sabino de Jesus, que teria lutado com o ator.
A Justiça decretou ontem a prisão preventiva dos três acusados.
Tancredo foi preso por volta das 3h de ontem, quando andava pelo bairro Guanabara, na zona rural de Guararema.
A polícia chegou a ele porque suspeitava de sua participação em uma quadrilha que praticava roubos nas estradas da região. Tancredo negou ser integrante dessa quadrilha. Ele disse que participou pela primeira vez desse tipo de roubo na madrugada de domingo.
Tancredo disse que foi convidado por Batista no sábado, mas não aceitou porque queria sair para namorar. No dia seguinte, segundo o delegado, o preso aceitou e se comprometeu a colocar as pedras na rodovia.
Tancredo disse que o ator passou pelo local e parou poucos metros depois. A abordagem teria sido feita por Jesus, que se aproximou do ator enquanto ele trocava um pneu. Segundo depoimento de Tancredo à polícia, Brenner reagiu e começou a lutar com Jesus.
Batista teria se aproximado por trás, sacado uma pistola semi-automática 380 e efetuado o disparo. Assustados, os três fugiram sem roubar nada.
De acordo com Tourinho, Tancredo disse que a ordem para o assalto foi dada pelo chefe da quadrilha, identificado apenas como "Aleijadinho", que está preso por porte ilegal de arma na Cadeia Pública de Mogi das Cruzes. O dinheiro do roubo seria usado para pagar a sua defesa.
Tancredo foi indiciado sob a acusação de ser co-autor da tentativa de homicídio.



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