São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2005 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ARTES CÊNICAS Ishin-Ha busca o limite de cada linguagem em "A Porta do Verão" Japoneses mostram seu "teatro total"
VALMIR SANTOS O DESAFIO - O embate para o criador é exatamente usar as formalidades clássicas para alcançar a contemporaneidade. A Ishin-Ha já trabalhou com contos tradicionais japoneses. Acho que as peças clássicas têm características de contos e, nesse sentido, os jovens podem entender melhor seu significado, sua narrativa, de modo presente. A MUSICALIDADE - O termo Jan Jan Ópera tem a ver com os "chindonyá", artistas de rua que antigamente andavam pelas vilas japonesas, tocando tambor, pratos, cornetas e divertindo as pessoas com o barulho, conhecido como "jan jan". Eu busco preservar a musicalidade das palavras. Se respeitarmos a musicalidade contida nas palavras faladas, não é preciso colocar outra música. Chamar isso de ópera nos causa uma certa angústia. Por outro lado, chamar de musical também se distancia muito. Por isso, tento construir um musical sem música, utilizando a música do cotidiano. O TEATRO TOTAL - Eu penso no
teatro realmente como uma experiência completa. Existe um tipo
de teatro, é claro, que remete à palavra, mas o que eu chamo de teatro total, que é o objetivo do Ishin-Ha, é tentar extrair a máxima potência, a especificidade de cada
linguagem, seja a música, a dança,
o espaço cênico. A minha concepção de cenário, por exemplo, é
que ele seja como os atores: se
transforme e se movimente.
A Porta do Verão Quando: amanhã e sáb., às 20h30; dom., às 20h Onde: Sesc Santos (r. Conselheiro Ribas, 136, Santos, tel. 0/xx/13/3227-5959). Quanto: de R$ 10 a R$ 20 - ingressos esgotados Texto Anterior: Canto/Dança: Tradição do Jongo da Serrinha volta maior Próximo Texto: Música: "Ensaio Geral" entrevista Gabriel o Pensador Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |