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BEBIDA
Viña Santa Rita exibe bons rótulos no Brasil
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
O já variado leque de (bons)
vinhos chilenos disponíveis no
mercado ficou ainda melhor
com o desembarque dos tintos
e brancos da Viña Santa Rita. A
casa, com base em Alto Jahuel,
no vale de Maipo, nas vizinhanças de Santiago, foi fundada em 1880, sendo uma das
mais antigas do Chile.
Hoje a Santa Rita, propriedade do empresário Ricardo Claro -dono também da Doña
Paula, na Argentina, que elabora o Seleccion de Bodega, um
dos melhores malbec platinos- é uma das três maiores
vinícolas chilenas e conta com
2.000 hectares de vinhedos espalhados pelos vales do país.
Os vinhos da casa são assinados pela enóloga Cecília Torres. Ela entrou na Santa Rita em
1980, tem trabalhado em vinícolas estrangeiras -Clos du
Val na Califórnia e Penfolds na
Austrália- e assessorado outras adegas chilenas como Luis
Felipe Edwards e Viña La Rosa.
Seus vinhos, especialmente
os tintos de uva cabernet sauvignon, sempre mostraram
boa concentração e longevidade -alguns exemplares do seu
Medalha Real década de 80 ainda se conservam prazerosos e
em boa forma.
A nova leva dos seus goles
(importados pela Grand Cru,
tel. 0/xx/11/ 3062-6388) continua impressionando muito
bem. Na ala dos brancos, podem ser encontrados bons
chardonnay, mas os destaques
-especialmente pela relação
custo-benefício- são dois belos Sauvignon Blanc 2005.
Um é o 120, rótulo básico da
Santa Rita, marcado por frutas
tropicais, corpo médio e final
com leve toque adocicado
(86/100, R$ 27). O outro, o
Gran Hacienda, um vinho de
perfume intenso e típico da variedade (grapefruit, leve, maracujá), com boa acidez e frescor, bela escolta para um peixe
grelhado ou frutos do mar
(86/100, R$ 29).
No departamento dos tintos,
brilham exemplares bem estruturados, como o Reserva
Cabernet Sauvignon 2003,
marcado por aromas de framboesa, concentrado e redondo
em boca (88/100, R$ 49), o Medalha Real 2002, frutado, denso e sedoso (89/100, R$ 72), e o
Triple C 1999, um corte de uvas
Cabernet Franc (55%), Cabernet Sauvignon (30%) e Carmenère, potente, encorpado,
marcado por frutas vermelhas,
notas de tabaco, boa textura e
persistência (90/100, R$ 180).
BRANCO DA PATAGÔNIA
A Província de Neuquén, na
Patagônia, extremo sul da vitivinicultura argentina, abriga a
vinícola Bodega Infinitus. O
seu proprietário, o francês
Hervé Joyaux Fabre, produz
também belos vinhos em
Mendoza: os Fabre Montmayou. Este branco da Infinitus
atrai pelo seu perfil frutado, as
pinceladas de torrefação e a
boa acidez.
BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
INFINITUS CHARDONNAY- SEMILLÓN 2003
Avaliação:
87/100
Bom para:
acompanhar peixes
e queijos cremosos
Preço: R$ 29,70
Onde: Expand,
tel. 0/xx/11/4613-3333
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