São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2005

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BEBIDA

Viña Santa Rita exibe bons rótulos no Brasil

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

O já variado leque de (bons) vinhos chilenos disponíveis no mercado ficou ainda melhor com o desembarque dos tintos e brancos da Viña Santa Rita. A casa, com base em Alto Jahuel, no vale de Maipo, nas vizinhanças de Santiago, foi fundada em 1880, sendo uma das mais antigas do Chile.
Hoje a Santa Rita, propriedade do empresário Ricardo Claro -dono também da Doña Paula, na Argentina, que elabora o Seleccion de Bodega, um dos melhores malbec platinos- é uma das três maiores vinícolas chilenas e conta com 2.000 hectares de vinhedos espalhados pelos vales do país.
Os vinhos da casa são assinados pela enóloga Cecília Torres. Ela entrou na Santa Rita em 1980, tem trabalhado em vinícolas estrangeiras -Clos du Val na Califórnia e Penfolds na Austrália- e assessorado outras adegas chilenas como Luis Felipe Edwards e Viña La Rosa.
Seus vinhos, especialmente os tintos de uva cabernet sauvignon, sempre mostraram boa concentração e longevidade -alguns exemplares do seu Medalha Real década de 80 ainda se conservam prazerosos e em boa forma.
A nova leva dos seus goles (importados pela Grand Cru, tel. 0/xx/11/ 3062-6388) continua impressionando muito bem. Na ala dos brancos, podem ser encontrados bons chardonnay, mas os destaques -especialmente pela relação custo-benefício- são dois belos Sauvignon Blanc 2005.
Um é o 120, rótulo básico da Santa Rita, marcado por frutas tropicais, corpo médio e final com leve toque adocicado (86/100, R$ 27). O outro, o Gran Hacienda, um vinho de perfume intenso e típico da variedade (grapefruit, leve, maracujá), com boa acidez e frescor, bela escolta para um peixe grelhado ou frutos do mar (86/100, R$ 29).
No departamento dos tintos, brilham exemplares bem estruturados, como o Reserva Cabernet Sauvignon 2003, marcado por aromas de framboesa, concentrado e redondo em boca (88/100, R$ 49), o Medalha Real 2002, frutado, denso e sedoso (89/100, R$ 72), e o Triple C 1999, um corte de uvas Cabernet Franc (55%), Cabernet Sauvignon (30%) e Carmenère, potente, encorpado, marcado por frutas vermelhas, notas de tabaco, boa textura e persistência (90/100, R$ 180).

BRANCO DA PATAGÔNIA
A Província de Neuquén, na Patagônia, extremo sul da vitivinicultura argentina, abriga a vinícola Bodega Infinitus. O seu proprietário, o francês Hervé Joyaux Fabre, produz também belos vinhos em Mendoza: os Fabre Montmayou. Este branco da Infinitus atrai pelo seu perfil frutado, as pinceladas de torrefação e a boa acidez.

BOM E BARATO

SUGESTÃO ATÉ R$ 40

INFINITUS CHARDONNAY- SEMILLÓN 2003
Avaliação:
87/100
Bom para: acompanhar peixes e queijos cremosos
Preço: R$ 29,70
Onde: Expand, tel. 0/xx/11/4613-3333


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