São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007 |
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TRECHOS O movimento neoconcreto, cuja primeira mostra se realizou em março de 1959, deu o passo adiante que a vanguarda construtiva européia evitara dar. Este fato define a sua radicalidade e ao mesmo tempo sua significação na história da arte contemporânea. Pretendo, neste ensaio, tornar mais compreensível esta experiência que reuniu um pequeno grupo de artistas plásticos e poetas no espaço de alguns poucos anos (...) Extraído de "Experiência Neoconcreta: Momento-Limite da Arte", de Ferreira Gullar
Os tais "poemas de base"
também nunca foram
escritos... Aliás, este é um traço
muito comum em certas
vanguardas artísticas:
escrever manifestos
prometendo uma arte que, na
maioria das vezes, nunca foi
feita. Devo admitir, não
obstante, que isto em nada
diminui a importância da
contribuição dada por
Augusto, Haroldo de Campos
e Décio Pignatari à literatura
brasileira.
Nesta teoria, eu na verdade
amplio e aprofundo alguns
dos conceitos que esboçara no
Manifesto Neoconcreto e que
se tornariam tema
importante de minhas
reflexões à medida que
observava as obras de meus
companheiros e realizava as
minhas próprias obras. Teve
papel decisivo nesta reflexão a
realização do meu primeiro
poema espacial como
conseqüência natural do
livro-poema.
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