São Paulo, sexta, 20 de novembro de 1998

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RESTAURANTE - CRÍTICA
O ambiente mudou; a comida, não


especial para a Folha

Se havia uma definição bem simples e sintética a respeito do restaurante Sushi Kin, era a de que ele se tratava de um restaurante japonês padrão.
Quando foi inaugurado cinco anos atrás, na rua Leopoldo Couto de Magalhães, ficava numa casinha adaptada, com modesta entrada de carros à frente, algumas mesas e o tradicional balcão.
Por ali, vários nisseis cuidando da clientela -entre eles os irmãos dos proprietários, além do sushiman.
A diferença para outros tantos locais parecidos da Liberdade era que aqui a clientela não era majoritariamente oriental. Mas, de resto, havia mais semelhanças que diferenças.
Já não é mais assim. O Sushi Kin mudou de cara, num salto de arregalar os mais puxados olhos. No lugar das mesinhas de fórmica entrou em campo um time de profissionais para refazer totalmente a aparência do restaurante, agora num novo endereço no mesmo bairro.
O novo Sushi Kin é agora assinado por arquitetos e decoradores da moda -João Armentano e Gilberto Elkis.
É claro que continua havendo o sushibar, mas agora há também lugar para móveis italianos, jardins e espelhos d'água. E, é claro, para uma clientela mais preocupada com a aparência.
Por trás de tamanha metamorfose continuam, porém, os mesmos três irmãos nisseis que abriram modestamente o restaurante anos atrás: Marcos, Alberto e Regina Yamashita, com idades entre 30 e 34 anos.
A aventura começou como continuidade de uma outra: os dois rapazes viveram alguns anos no Japão como dekasseguis (brasileiros descendentes de japoneses que moram no Japão), trabalhando numa empresa que montava ar-condicionado de carros. Retornados, decidiram investir na comida com a qual conviveram naquele período, e aí nasceu a primeira versão do restaurante.
Em sua nova fase, o Sushi Kin continua investindo nos sushis, mas chega a arriscar alguns saltos fora do habitual.
Entre as especialidades, por exemplo, estão o sashimi de salmão temperado (no estilo do Nobu nova-iorquino), uma espécie de ceviche de sashimi (salmão em molho picante) e o tempura roll (enrolado empanado de alga recheado com peixe, kani e pepino). Além de sushi soft, de legumes e verduras. Se o ambiente hoje se sobrepõe à comida, esta segue, como antes, padrões bem regulares.
(JM)
²
Cotação: Regular / $$$ Onde: av. Horácio Lafer, 51 (Itaim Bibi, zona sul), tel. 822-2225 Quando: segunda a quinta, 12h/15h e 19h/ 24h; sexta e sábado, 12h/15h e 19h/1h; domingo, 12h/16h Cozinha: japonesa, especializada em sushis, mas agora também com pratos mais ocidentalizados Ambiente: tem de tudo (móveis italianos, sushibar, jardim, espelho d'água...) Serviço: ainda se adaptando às novas dimensões da casa Estacionamento e manobrista CC: D e M Quanto: entradas e saladas, de R$ 7 a R$ 18; sushi e sashimi, de R$ 18 a R$ 85 (para quatro pessoas); tempura, de R$ 11 a R$ 32; grelhados, de R$ 12 a R$ 18,50; sobremesas, de R$ 3,50 a R$ 5,80



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