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RESTAURANTE - CRÍTICA
O ambiente mudou; a comida, não
especial para a Folha
Se havia uma definição bem simples e sintética a respeito do restaurante Sushi Kin, era a de que ele
se tratava de um restaurante japonês padrão.
Quando foi inaugurado cinco
anos atrás, na rua Leopoldo Couto
de Magalhães, ficava numa casinha
adaptada, com modesta entrada de
carros à frente, algumas mesas e o
tradicional balcão.
Por ali, vários nisseis cuidando
da clientela -entre eles os irmãos
dos proprietários, além do sushiman.
A diferença para outros tantos
locais parecidos da Liberdade era
que aqui a clientela não era majoritariamente oriental. Mas, de resto,
havia mais semelhanças que diferenças.
Já não é mais assim. O Sushi Kin
mudou de cara, num salto de arregalar os mais puxados olhos. No
lugar das mesinhas de fórmica entrou em campo um time de profissionais para refazer totalmente a
aparência do restaurante, agora
num novo endereço no mesmo
bairro.
O novo Sushi Kin é agora assinado por arquitetos e decoradores da
moda -João Armentano e Gilberto Elkis.
É claro que continua havendo o
sushibar, mas agora há também lugar para móveis italianos, jardins e
espelhos d'água. E, é claro, para
uma clientela mais preocupada
com a aparência.
Por trás de tamanha metamorfose continuam, porém, os mesmos
três irmãos nisseis que abriram
modestamente o restaurante anos
atrás: Marcos, Alberto e Regina
Yamashita, com idades entre 30 e
34 anos.
A aventura começou como continuidade de uma outra: os dois rapazes viveram alguns anos no Japão como dekasseguis (brasileiros
descendentes de japoneses que
moram no Japão), trabalhando
numa empresa que montava ar-condicionado de carros. Retornados, decidiram investir na comida
com a qual conviveram naquele
período, e aí nasceu a primeira versão do restaurante.
Em sua nova fase, o Sushi Kin
continua investindo nos sushis,
mas chega a arriscar alguns saltos
fora do habitual.
Entre as especialidades, por
exemplo, estão o sashimi de salmão temperado (no estilo do Nobu
nova-iorquino), uma espécie de
ceviche de sashimi (salmão em
molho picante) e o tempura roll
(enrolado empanado de alga recheado com peixe, kani e pepino).
Além de sushi soft, de legumes e
verduras. Se o ambiente hoje se sobrepõe à comida, esta segue, como
antes, padrões bem regulares.
(JM)
²
Cotação: Regular / $$$
Onde: av. Horácio Lafer, 51 (Itaim Bibi, zona
sul), tel. 822-2225
Quando: segunda a quinta, 12h/15h e 19h/
24h; sexta e sábado, 12h/15h e 19h/1h;
domingo, 12h/16h
Cozinha: japonesa, especializada em sushis,
mas agora também com pratos mais
ocidentalizados
Ambiente: tem de tudo (móveis italianos,
sushibar, jardim, espelho d'água...)
Serviço: ainda se adaptando às novas
dimensões da casa
Estacionamento e manobrista
CC: D e M
Quanto: entradas e saladas, de R$ 7 a R$ 18;
sushi e sashimi, de R$ 18 a R$ 85 (para
quatro pessoas); tempura, de R$ 11 a R$ 32;
grelhados, de R$ 12 a R$ 18,50; sobremesas,
de R$ 3,50 a R$ 5,80
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