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CRÍTICA
Síndrome de Mário de Andrade segue solta
XICO SÁ
CRÍTICO DA FOLHA
A síndrome de Mário de Andrade, bandeirante na pesquisa de ritmos dos cafundós do país, segue solta. Na televisão, o
exemplo mais arrojado foi a série
"Música do Brasil", tocada por
Hermano Vianna e Beto Villares.
O autor de "Turista Aprendiz" ficaria orgulhoso dos programas
exibidos, no ano 2000, pela MTV.
Quem se propõe a uma nova
história do gênero é a Conspiração Filmes, em parceria com a
Conexão Marketing & Comunicação. O primeiro documentário
é "Sons da Bahia", que será exibido domingo pelo canal GNT.
A direção é de Paulo Caldas, que
fez para o cinema "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas
Sebosas", e Lula Buarque de Hollanda. O roteiro foi escrito por
Marcelo Luna, parceiro de Caldas
na direção de "O Rap...".
Para divulgar o programa, os
produtores exaltam a Bahia como
o Estado mais musical do Brasil.
Seria curioso saber como mediram tais decibéis? Eles prometem
documentários sobre outros pontos do país. O próximo será "Sons
do Rio", com direção de Andrucha Waddington (do filme "Eu,
Tu, Eles") e o antropólogo Hermano Vianna.
O que dirão? Rio de Janeiro, o
segundo Estado mais musical do
Brasil? Fazer o ranking de importância sonora é tarefa impossível.
O documentário sobre a música
baiana traz o relato de experiências de Gilberto Gil, Tom Zé, Roberto Mendes e Antonio Risério
-também pesquisador do projeto. O folclore do interior do Estado aparece com manifestações de
reisado, o som de Bule Bule e orquestras de berimbaus, entre outras atrações do vasto tabuleiro.
Os depoimentos privilegiam os
artistas anônimos, que relatam a
rotina e a aventura da música que
emerge da tragédia brasileira.
Sons da Bahia
Quando: domingo, às 23h no GNT
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