São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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CRÍTICA

Síndrome de Mário de Andrade segue solta

XICO SÁ
CRÍTICO DA FOLHA

A síndrome de Mário de Andrade, bandeirante na pesquisa de ritmos dos cafundós do país, segue solta. Na televisão, o exemplo mais arrojado foi a série "Música do Brasil", tocada por Hermano Vianna e Beto Villares. O autor de "Turista Aprendiz" ficaria orgulhoso dos programas exibidos, no ano 2000, pela MTV.
Quem se propõe a uma nova história do gênero é a Conspiração Filmes, em parceria com a Conexão Marketing & Comunicação. O primeiro documentário é "Sons da Bahia", que será exibido domingo pelo canal GNT.
A direção é de Paulo Caldas, que fez para o cinema "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas", e Lula Buarque de Hollanda. O roteiro foi escrito por Marcelo Luna, parceiro de Caldas na direção de "O Rap...".
Para divulgar o programa, os produtores exaltam a Bahia como o Estado mais musical do Brasil. Seria curioso saber como mediram tais decibéis? Eles prometem documentários sobre outros pontos do país. O próximo será "Sons do Rio", com direção de Andrucha Waddington (do filme "Eu, Tu, Eles") e o antropólogo Hermano Vianna.
O que dirão? Rio de Janeiro, o segundo Estado mais musical do Brasil? Fazer o ranking de importância sonora é tarefa impossível.
O documentário sobre a música baiana traz o relato de experiências de Gilberto Gil, Tom Zé, Roberto Mendes e Antonio Risério -também pesquisador do projeto. O folclore do interior do Estado aparece com manifestações de reisado, o som de Bule Bule e orquestras de berimbaus, entre outras atrações do vasto tabuleiro.
Os depoimentos privilegiam os artistas anônimos, que relatam a rotina e a aventura da música que emerge da tragédia brasileira.


Sons da Bahia
   
Quando: domingo, às 23h no GNT



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