São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Crítica

"Fantômas" mostra que Funès era um careteiro dos bons

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A crítica francesa de cinema nunca deu força a Louis de Funès, visto apenas como um comediante careteiro. Preferia apostar em Jacques Tati, o que, aliás, não era errado. Mas o desprezo por Funès o tempo tem se encarregado de demonstrar que foi um equívoco.
Sim, com efeito, Funès é um careteiro. Mas a arte da comédia consiste, em boa medida, em fazer a careta certa na hora certa. Nisso Funès era mestre, como demonstra "Fantômas" (TV5, 21h30), filme de 1964 feito por André Hunebelle.
Talvez exista um interesse adicional se pensarmos que Jean Marais é quem faz o personagem de Fantômas, e que é Mylène Demongeot, com sua beleza estranha, a estrela feminina da história.
Mas tudo converge mesmo é para o policial interpretado por Funès, que tem de se debater não só com os truques cheios de imaginação do mitológico malfeitor como com a imprensa. No mais, as coisas não mudaram: não há legendas na Net digital, nas demais operadoras, sim.


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