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Unibanco "curte" os meios
PAULO SANTOS LIMA
especial para a Folha
O cinema foi uma arte que
fez pensar os meios de comunicação, uma vez que impulsionou o culto à imagem,
matéria-prima da modernidade. O Unibanco exibe
uma seleção do "Curta às
Seis" com o tema. São cinco
curtas em sessão gratuita.
O primeiro filme é notável.
"Alma do Negócio", de José
Roberto Torero, não fala de
futebol e não se rende totalmente à comédia, algo comum na obra do colunista
da Folha. Na verdade, é um
humor negro que conta a
história de um casal que
apresenta ao espectador
uma enxurrada de anúncios
de produtos. O merchandising ocorre quando se faz a
barba, e o barbeador ganha
destaque ou quando uma faca tem salientado seu corte
profundo, provas de que a
propaganda persegue o homem "ad infinitum".
"PR Kadeia", de Eduardo
Caron, fala sobre dois ladrões que montam uma rádio pirata, que acaba desbancando todas as outras. O
destaque fica para a narrativa que lembra "O Bandido
da Luz Vermelha".
O jornal está representado
em "Mano a Mano", história
de amor e crime com José
Rubens Chachá e Imara
Reis, e contada como uma
queda de peças de dominó.
O mais criativo e complexo roteiro é o de "Ao Vivo e a
Cores - Sexo e Sangue na
TV", de Tadeu Knudsen, crítica ao sensacionalismo televisivo com toques antológicos de metalinguagem.
Pena que a sessão seja concluída pelo fraco "Rádio Gogó", de José Araripe Jr.. Um
carioca vai para a Bahia e peleja para locutar a final do
Brasil na Copa.
Ciclo: Curta às Seis
Quando: hoje, às 18h (até 3/2)
Onde: Unibanco 4
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