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Secretários buscam apoio de outras áreas
IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nomeados na semana passada
pelo ministro Gilberto Gil, os secretários das diversas áreas do
Ministério da Cultura ainda se familiarizam com suas atribuições,
mas uma idéia já está na fala de todos: o apoio interministerial.
"Estamos procurando agir da
forma mais integrada possível
com outros ministérios para otimizar recursos e energias", diz o
secretário do Patrimônio, Museus
e Artes Plásticas, Márcio Meira.
O objetivo é driblar o menor orçamento da Esplanada, R$ 298
milhões. Uma das idéias nesse
sentido é a da Loteria da Cultura,
do ator Antonio Grassi, presidente da Funarte (Fundação Nacional
das Artes). "Acho uma excelente
saída para a situação de mendicância em que vive o MinC. Fizemos uma estimativa de arrecadação da ordem de R$ 800 milhões
por ano. Para ter uma idéia, o orçamento do ministério em 2001
para execução de projetos (tirando gastos com pessoal) foi de 130
milhões." Grassi espera implantar
a loteria no segundo semestre.
O ator Sérgio Mamberti, que dirige a Secretaria de Música e Artes
Cênicas, diz que espera o auxílio
da classe artística e dos outros ministérios. "Buscamos interação
com o da Educação e o da Integração Nacional . No primeiro caso,
imagino a arte mais presente no
currículo escolar. No segundo, a
colaboração para peças e shows
de circulação nacional."
O secretário do Audiovisual,
Orlando Senna, é cineasta e já discute com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) uma melhor
redistribuição dos afazeres. "A
responsabilidade pelos festivais
internacionais poderia voltar para
a secretaria, que já está com a dos
festivais nacionais", diz. "A Ancine também pode ajudar no âmbito dos festivais: a parte de mercado, compra e venda de filmes."
O antropólogo Márcio Meira,
secretário do Patrimônio, Museus
e Artes Plásticas, diz que pretende
continuar bons projetos do governo anterior, como o programa
Monumenta, além de criar novos
órgãos. "Queremos implantar um
sistema nacional de museus. A
idéia é integrar os 29 museus federais entre si e também entre os estaduais, municipais e privados."
O secretário do Livro e Leitura,
o poeta Waly Salomão, quer colocar o livro dentro do programa
Fome Zero. Sugere ainda incluir
Monteiro Lobato nas cestas básicas e impulsionar a implantação
de uma biblioteca por município.
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