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São Paulo, terça-feira, 21 de janeiro de 2003

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Secretários buscam apoio de outras áreas

IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nomeados na semana passada pelo ministro Gilberto Gil, os secretários das diversas áreas do Ministério da Cultura ainda se familiarizam com suas atribuições, mas uma idéia já está na fala de todos: o apoio interministerial.
"Estamos procurando agir da forma mais integrada possível com outros ministérios para otimizar recursos e energias", diz o secretário do Patrimônio, Museus e Artes Plásticas, Márcio Meira.
O objetivo é driblar o menor orçamento da Esplanada, R$ 298 milhões. Uma das idéias nesse sentido é a da Loteria da Cultura, do ator Antonio Grassi, presidente da Funarte (Fundação Nacional das Artes). "Acho uma excelente saída para a situação de mendicância em que vive o MinC. Fizemos uma estimativa de arrecadação da ordem de R$ 800 milhões por ano. Para ter uma idéia, o orçamento do ministério em 2001 para execução de projetos (tirando gastos com pessoal) foi de 130 milhões." Grassi espera implantar a loteria no segundo semestre.
O ator Sérgio Mamberti, que dirige a Secretaria de Música e Artes Cênicas, diz que espera o auxílio da classe artística e dos outros ministérios. "Buscamos interação com o da Educação e o da Integração Nacional . No primeiro caso, imagino a arte mais presente no currículo escolar. No segundo, a colaboração para peças e shows de circulação nacional."
O secretário do Audiovisual, Orlando Senna, é cineasta e já discute com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) uma melhor redistribuição dos afazeres. "A responsabilidade pelos festivais internacionais poderia voltar para a secretaria, que já está com a dos festivais nacionais", diz. "A Ancine também pode ajudar no âmbito dos festivais: a parte de mercado, compra e venda de filmes."
O antropólogo Márcio Meira, secretário do Patrimônio, Museus e Artes Plásticas, diz que pretende continuar bons projetos do governo anterior, como o programa Monumenta, além de criar novos órgãos. "Queremos implantar um sistema nacional de museus. A idéia é integrar os 29 museus federais entre si e também entre os estaduais, municipais e privados."
O secretário do Livro e Leitura, o poeta Waly Salomão, quer colocar o livro dentro do programa Fome Zero. Sugere ainda incluir Monteiro Lobato nas cestas básicas e impulsionar a implantação de uma biblioteca por município.


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