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CASA DE CRIADORES
Walério Araújo arrasa com drags e motoboys
DA COLUNISTA DA FOLHA
Walério Araújo está de volta.
Seu ingresso na Casa de Criadores, após cinco estações no Amni Hot Spot, encheu de paixão
de moda a sala do evento, que
terminou ontem no shopping
Frei Caneca. Walério retoma a
sensual ironia de suas peças, sua
leveza e graça.
Abrindo o desfile com três top
drags do cenário noturno de
São Paulo, do qual ele mesmo
emerge, Walério se joga no glamour, acreditando no preto,
com pitadas de rosa nos acessórios e pespontos. O tema aqui é a
cultura do estilo motociclista
(tendência), seja em calças e jaquetas perfecto, seja nas sensacionais peças com o recurso dos
grandes zíperes em plástico.
Muitos leggings, um bem cortado jeans, colãs, ciclistas e jaquetas aparecem em proporções contemporâneas. Walério fez seu dever de casa. Alegre,
brinca com a figura urbana do
motoboy (fetiche?), com uma
megamochila em paetê.
Na sequência, a TWD de Cacá
di Guglielmo tenta avançar do
universo da t-shirt, mas consegue progressos somente no
streetwear masculino, onde faz
alusões ao estilo escolar de Columbine ao preppy anos 50.
Rodrigo Marco, estreante,
trouxe ingenuidade ao evento,
com uma coleção inspirada em
sua avó, misturando anos 50
com Aparecida do Norte, uma
curiosa imagem feminina, brincando com robes de matelassê,
muita lingerie de cetim e camisetas com o rosto do papa.
Encerrando o terceiro dia, o
jovem designer Gustavo Silvestre, de Recife, ganha embalagem
hype, criando contemporâneo
jogo de volumes sobre cinza,
amarelo e preto. Hits: o vestido
do início, as camisas largonas
do final e o bom look de jaqueta
marrom e cinza com microssaia. Já tem o que dizer e deve se
soltar ainda mais na manufatura, como nos vestido Recife encontra cabaré.
(EP)
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