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Crítica
Crença no progresso move "Grand Prix"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em 1967, quando "Grand Prix" (TCM, 16h35) foi feito, a
Fórmula 1 era uma coisa de que
só se ouvia falar. Quando muito, tinha-se acesso a fotografias.
Uma vez, Fangio, o muitas vezes campeão, veio correr no
Brasil. Mas não passava disso.
Como no resto do mundo a
coisa não era tão diferente, e esse ainda era um mundo indevassado, compreende-se o sucesso do filme de John Frankenheimer. Era um filme sobre
carros de corrida e sobre corridas, que talvez nunca tenham
sido filmadas com tanta atenção (melhor que fosse: a história do filme é tola: uma temporada de Fórmula 1, nada mais).
No Brasil, o filme permaneceu famoso, entre outras, por
ter inspirado Emerson Fittipaldi, que poucos anos depois
abriria o caminho para os brasileiros na categoria. Antes de
mais nada, "Grand Prix" nos fala de um tempo em que se acreditava na velocidade, no progresso, na máquina. Hoje, com
todos parados no congestionamento, essa crença já pode ser
bem relativizada.
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