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Cameron é favorito
em São Paulo
"Titanic" é o maior fenômeno cinematográfico das
últimas décadas. O responsável chama-se James Cameron. A única categoria
em que concorre ao Oscar
sozinho é a de diretor (como produtor, também deve
levar uma estatueta pelo
melhor filme). Seu nome já
está escrito no troféu.
Há duas semanas Cameron levou o prêmio anual
da associação dos diretores.
As escolhas tradicionalmente coincidem. Seria justo. Orquestrar com tamanha segurança um projeto
tão complicado é uma tarefa hercúlea. Efeitos colossais e matizes de atuação
articulam-se admiravelmente em "Titanic". A Cameron o que é de Cameron.
Atom Egoyan também
controla milimetricamente
o desenvolvimento de "O
Doce Amanhã". As duas indicações para Egoyan, incluindo a de roteiro adaptado, são a concessão do ano
ao cinema-cabeça.
Curtis Hanson elevou-se
acima dos diretores de aluguel com o superestimado
"Los Angeles - Cidade Proibida". Não deve sair da festa com as mãos abanando,
mas tem poucas chances
nessa categoria.
"Gênio Indomável" é o
primeiro filme de Gus Van
Sant fora do esquema independente. É seu trabalho
menos marcante, mas a
concessão ao sistema valeu-lhe a primeira indicação.
O britânico Peter Cattaneo foi a surpresa do ano.
"Ou Tudo ou Nada" parece
um Ken Loach com humor.
Chegou onde chegou por se
tornar o filme mais lucrativo do ano passado. Chapéu
para Cattaneo -e basta.
Uma palavra sobre um
esquecido. James L. Brooks
é o único diretor de concorrente a melhor filme que foi
esnobado. Não é um absurdo. O segredo do filme são
o belo roteiro e o show dos
protagonistas. A direção de
câmera é preguiçosa como
numa telessérie de segunda. Brooks colhe o que
plantou.
(AL)
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